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Trump dá ultimato ao Irã após ataque: "Haverá paz ou uma tragédia maior"

Trump descreve ataques como os mais letais e expressa desejo de evitar novas ações, mas deixa ameaças no ar  |  A ofensiva militar visa destruir a capacidade nuclear do Irã e é apoiada por Israel, segundo Trump. - Reprodução

Publicado em 22/06/2025, às 09h12   A ofensiva militar visa destruir a capacidade nuclear do Irã e é apoiada por Israel, segundo Trump. - Reprodução   Aryela Souza

Em um pronunciamento à nação transmitido da Casa Branca na noite de sábado (21), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um ultimato direto ao Irã após os ataques aéreos americanos contra as instalações nucleares do país. Com um tom grave, ele afirmou que Teerã agora tem uma escolha clara: "haverá paz ou uma tragédia maior para o Irã comparado ao que vimos nos últimos oito dias".

O presidente americano descreveu a ofensiva militar como "a mais difícil e letal" e, embora tenha expressado o desejo de que novas ações não sejam necessárias, deixou uma forte ameaça no ar.

Irã, o tirano do Oriente Médio, deve agora estabelecer a paz. Se isso não acontecer, ataques futuros serão muito maiores e mais fáceis", advertiu Trump, deixando claro que a ação militar pode continuar caso suas condições não sejam atendidas.

A fala foi a confirmação oficial de uma série de anúncios que Trump já havia feito horas antes em sua rede social, a Truth Social. Neles, o presidente celebrou o que chamou de "sucesso militar espetacular", afirmando que as principais instalações de enriquecimento de urânio do Irã em Fordow, Natanz e Isfahan foram "completamente e totalmente obliteradas".

O objetivo da missão, segundo ele, era "destruir a capacidade de enriquecimento nuclear do Irã e parar a ameaça em posse do Estado número 1 em patrocínio do terrorismo".

Durante o discurso, Trump também fez questão de exaltar sua aliança com Israel, saudando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A parceria foi correspondida. Pouco antes do pronunciamento, Netanyahu já havia parabenizado o presidente americano em uma publicação, afirmando que o ataque promovido pelos EUA iria "mudar a história" do Oriente Médio.

A ofensiva americana representa o ápice de uma crise que escalou rapidamente desde 12 de junho, quando Israel lançou o que descreveu como "ataques preventivos" contra o Irã, sob a alegação de que o país persa estava prestes a obter uma arma nuclear.

A ação militar ocorreu em um momento delicado, após o esfriamento das negociações para um acordo nuclear entre os EUA e o Irã, que vinham sendo mediadas por Omã e representavam a primeira tentativa de diálogo desde que Trump retirou os Estados Unidos do pacto original em 2018.

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