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STF vê provas robustas contra Bolsonaro após alegações finais da PGR por tentativa de golpe

O documento reforça a tese de que Bolsonaro liderou uma organização criminosa com o objetivo de manter-se no poder de forma autoritária  |  Sede do STF - Reprodução/STF

Publicado em 15/07/2025, às 13h55   Sede do STF - Reprodução/STF   Júnior Teixeira

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que há “provas fartas” para sustentar uma eventual condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado, após a apresentação das alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O parecer, que foi assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, tem 517 páginas e foi classificado por integrantes da Corte como “robusto, consistente e repleto de detalhes”.

O documento 

O documento reforça a tese de que Bolsonaro liderou uma organização criminosa com o objetivo de manter-se no poder de forma autoritária, mesmo após a derrota nas eleições de 2022.

A PGR delineia o papel central do ex-presidente e de aliados em articulações que, de acordo com o órgão, colocaram em risco o Estado Democrático de Direito.

Entre os pontos destacados está a colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, cujo depoimento foi corroborado por outras provas e diligências realizadas ao longo da investigação.

Para os ministros, esse cruzamento de evidências fortalece a narrativa construída pela acusação.

Alegações finais

As alegações finais são a última etapa de uma ação penal antes do julgamento de mérito. Nelas, as partes apresentam uma análise aprofundada do processo, buscando consolidar suas versões sobre os fatos investigados.

Com a manifestação da PGR já protocolada, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, deverá abrir prazo de 15 dias para que Mauro Cid também apresente suas alegações finais.

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Em seguida, será a vez das defesas dos demais réus, incluindo Bolsonaro. A expectativa é de que o julgamento pela Primeira Turma do STF ocorra em meados de setembro.

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