Política
Publicado em 01/09/2025, às 16h09 Ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro - Ton Molina/STF José Nilton Jr.
O Supremo Tribunal Federal (STF) dará início nesta terça-feira (2) ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado e de fazer parte de uma organização criminosa armada.
É esperado que o julgamento, conduzido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, seja decisivo para definir o futuro político e jurídico de Bolsonaro, que pode receber penas superiores a 40 anos de prisão.
O processo será transmitido ao vivo pela CNN Brasil, tanto na TV quanto em seu canal no YouTube. O julgamento está dividido em várias sessões, previstas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, sempre nos turnos da manhã e da tarde.
Horários:
Terça-feira (2 de setembro): das 9h às 12h e das 14h às 19h
Quarta-feira (3 de setembro): das 9h Às 12h
Terça-feira (9 de setembro): das 9h às 12h e das 14h às 19h
Quarta-feira (10 de setembro): das 9h às 12h
Sexta-feira (12 de setembro): das 9h às 12h e das 14h às 19h
Durante a abertura, Alexandre de Moraes irá fazer a leitura do relatório, sem limite de tempo definido. Logo após, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para apresentar a acusação.
Em seguida, será a vez das defesas, que terão uma hora cada para sustentar seus argumentos. A primeira manifestação será a de Mauro Cid, delator do caso e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A defesa do ex-presidente será a sexta a se pronunciar.
Após realizar as sustentações, Moraes irá decidir as sobre preliminares apresentadas pelas defesas, que podem pedir a anulação ou suspensão do processo. Após essa fase, o relator irá abrir a votação do mérito, com seu próprio voto e eventual sugestão de pena.
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Logo em seguida, irão votar os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma.
Além de Bolsonaro, respondem ao processo o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin;
O almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
O general da reserva Augusto Heleno, ex-chefe do GSI;
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
O general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
E o general da reserva Walter Braga Netto, que chefiou a Casa Civil e o Ministério da Defesa.
O grupo é acusado de tentar abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, articular um golpe de Estado, integrar organização criminosa armada e causar danos ao patrimônio histórico.
Em relação a Ramagem, a Câmara dos Deputados suspendeu parte das acusações, restando contra ele apenas os crimes de tentativa de golpe, abolição do Estado de Direito e participação em organização criminosa.