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Rogério Marinho quebra o silêncio no STF e defende Bolsonaro: ‘Não houve sinal de golpe'

Senador potiguar afirma que ex-presidente não manifestou intenção de ruptura institucional após eleições de 2022  |  Durante depoimento, Marinho ressalta preocupação de Bolsonaro com atos antidemocráticos - Reprodução/Internet

Publicado em 02/06/2025, às 17h10   Durante depoimento, Marinho ressalta preocupação de Bolsonaro com atos antidemocráticos - Reprodução/Internet   Redação

O senador potiguar Rogério Marinho (PL) afirmou, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não manifestou qualquer intenção de promover uma ruptura institucional após as eleições de 2022. A declaração foi dada na condição de testemunha de defesa de Bolsonaro e do ex-ministro Walter Braga Netto.

Marinho foi o último a ser ouvido nas audiências conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito da ação penal que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. O depoimento ocorreu na tarde desta segunda-feira (2).

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“De maneira nenhuma Bolsonaro sinalizou a intenção de uma ruptura, golpe”, declarou o parlamentar, que também negou qualquer articulação nesse sentido por parte de Braga Netto. Segundo ele, as reuniões entre ambos tratavam apenas de assuntos relacionados à organização do PL.

Questionado sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, Marinho disse ter observado uma postura de “preocupação do presidente de que não houvesse excessos” e descreveu o processo de transição como civilizado. “Estávamos chateados e não esperávamos a derrota. É natural e não é fácil uma derrota na circunstância que ocorreu”, afirmou.

Com o encerramento das oitivas das testemunhas, o STF se prepara agora para iniciar, na próxima segunda-feira (9), os interrogatórios dos réus pertencentes ao chamado “primeiro núcleo” da investigação, grupo que inclui Bolsonaro, Braga Netto e mais seis envolvidos. O primeiro a prestar depoimento será o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Encerrada essa etapa, será aberto prazo para que a acusação e as defesas apresentem suas alegações finais. A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestará primeiro, seguida pelas defesas dos réus.

Com informações do Metrópoles e de O Globo.

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