Política

Relator do PL da Anistia admite que Bolsonaro será beneficiado com redução de penas caso projeto seja aprovado

Está previsto no texto do PL da Anistia a diminuição de sanções para os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro  |  Deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) - Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Publicado em 19/09/2025, às 15h34   Deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) - Cleia Viana/Câmara dos Deputados   BNews Natal Redação

Nesta sexta-feira (19), o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do Projeto de Lei da Anistia, declarou durante uma entrevista que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá ser beneficiado diretamente com a aprovação da proposta.

O texto prevê a diminuição de sanções para condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. De acordo com o parlamentar, a medida não valerá apenas para Bolsonaro, mas para todos os envolvidos.

“Ele se beneficiará em relação a algumas acusações feitas contra ele. Não vamos abordar todas as infrações, mas sim algumas, e isso não se aplicará apenas ao Bolsonaro, mas a todos os envolvidos”, disse o relator à CNN Brasil. 

O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto e, no último dia 11, foi condenado a 27 anos e 3 meses de reclusão por sua participação na trama golpista. 

Redução de penas

Paulinho da Força reforçou que o objetivo do projeto é reduzir determinadas punições impostas aos condenados.

“Bolsonaro também enfrenta algumas acusações, e é evidente que ele será favorecido na medida em que certas infrações serão atenuadas para todos”, completou.

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Segundo o deputado, o desafio é formular um texto que seja aceito tanto pelo Congresso quanto pela opinião pública.

“O essencial é proporcionar benefícios a um grupo de pessoas, com a redução das penas. Eu preciso atender à maioria dos membros do Congresso e à maior parte da população brasileira, que deseja uma mudança em relação a essa polarização”, afirmou.

Próximos passos

Na próxima semana, Paulinho da Força pretende ouvir todas as frentes da Câmara para tentar chegar a um consenso e votar o texto o quanto antes.

“Vou escutar todas as frentes e entender as demandas de cada um. Aqueles que cometeram atos contra a democracia ou o Estado de Direito não serão considerados. A inclusão disso em outro projeto depende do que eu abordarei na próxima semana”, explicou.

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