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PF descarta irregularidades financeiras em relatório sobre contas de Jair Bolsonaro

Inquérito no STF investiga Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro, mas PF não encontrou indícios de lavagem de dinheiro nas transações  |  PF descarta irregularidades financeiras em relatório sobre contas de Jair Bolsonaro - Reprodução

Publicado em 22/08/2025, às 20h21 - Atualizado às 20h26   PF descarta irregularidades financeiras em relatório sobre contas de Jair Bolsonaro - Reprodução   Ari Alves

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) divulgou um relatório que detalha movimentações de R$ 30,5 milhões em contas de Jair Bolsonaro (PL), entre 2023 e 2024. A análise levou a Polícia Federal a concluir que não havia indícios suficientes para indiciamento do ex-presidente da República por possíveis crimes financeiros.

Segundo o documento revelado pela imprensa nesta quinta-feira (21), cerca de 63% desse valor, equivalente a R$ 19,2 milhões, tiveram origem em 1,2 milhão de doações via pix. As contribuições foram enviadas após campanha de apoiadores que buscavam ajudar Bolsonaro no pagamento de multas judiciais. Outros R$ 8,5 milhões foram provenientes de resgates de investimentos em renda fixa, como CDB e RDB.

Inquérito no STF

O Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Coaf foi analisado pela Polícia Federal dentro do inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação envolve Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no contexto de supostas articulações por sanções dos Estados Unidos contra o Brasil.

A apuração das transações ocorreu porque o relatório do Coaf reunia dados de operações financeiras classificadas como suspeitas de lavagem de dinheiro ou outros ilícitos. No entanto, a PF não incluiu Bolsonaro no relatório final quanto a esses crimes. O ex-presidente foi indiciado apenas por suspeitas de coação no curso do processo e de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Possíveis novos desdobramentos

Embora não tenha resultado em acusações financeiras, o documento do Coaf pode servir de base para novas apurações. Tanto a Polícia Federal quanto outros órgãos de controle podem retomar as investigações caso identifiquem elementos adicionais.

Veja a planilha que consta no relatório da PF:

Classificação Indicativa: Livre


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