Política

Oposição conquista assinaturas suficientes para pedir impeachment de Moraes

A articulação da oposição se intensificou após a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, com foco em pressionar o presidente do Senado  |  Líder da oposição, Rogério Marinho, anuncia fim da obstrução e participação em debates sobre pautas relevantes para o Brasil. - Divulgação

Publicado em 07/08/2025, às 11h41   Líder da oposição, Rogério Marinho, anuncia fim da obstrução e participação em debates sobre pautas relevantes para o Brasil. - Divulgação   Dani Oliveira

A oposição no Senado Federal alcançou as 41 assinaturas necessárias para protocolar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A articulação foi intensificada nos últimos dias, após a decisão do magistrado de colocar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar. A assinatura decisiva foi do senador Laércio Oliveira (PP-SE), confirmada nesta quinta-feira (7).

Com o protocolo garantido, os líderes oposicionistas anunciaram o fim da obstrução dos trabalhos legislativos e da ocupação da Mesa Diretora do Senado, que vinham sendo utilizadas como forma de protesto. A partir de agora, o foco do grupo será a pressão sobre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a quem cabe a decisão de dar ou não andamento ao processo de impeachment.

“Estamos desobstruindo e a oposição vai participar dos debates das pautas que interessam ao Brasil, pautas que interessam a todos, para além das questões ideológicas”, declarou o líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN).

Durante a coletiva de imprensa concedida na manhã desta quinta, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou o momento como “histórico” e voltou a criticar a atuação de Moraes.

Alexandre de Moraes precisa voltar a ter limites”, afirmou. Ele também relatou ter visitado o pai no dia anterior e destacou a força demonstrada pelo ex-presidente diante da decisão judicial. “É sempre muito duro ver uma pessoa honesta passando por isso tudo. Quando uma pessoa inocente passa por isso, precisa ser muito firme. Ele se mostrou muito forte”, declarou.

Além do impeachment, a oposição também pressiona pela anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo Flávio Bolsonaro, houve um acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que a proposta seja colocada em votação.

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