Moraes prorroga investigação contra Eduardo Bolsonaro por coação e obstrução de Justiça

Foi decidido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o inquérito que investiga Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado, será prorrogado por dois meses. Ele é investigado pelos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação penal. Moraes tomou a decisão em atendimento a um pedido da Polícia Federal. 

A investigação foi autorizada em maio deste ano após a solicitação do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

É apurada a atuação de Eduardo Bolsonaro para influenciar o governo dos Estados Unidos a adotar medidas contra Alexandre de Moraes. O ministro do STF é o relator de casos ligados à tentativa de golpe de Estado e ao inquérito das fake news.

Licença e saída do país

Em março deste ano, no mesmo período em que seu pai, Jair Bolsonaro, virou réu na ação que investiga a suposta trama golpista de 8 de janeiro, Eduardo solicitou uma licença de 122 dias do mandato parlamentar. Eles se mudou temporariamente para os EUA, alegando temor de prisão e perseguição política.

Repercussão fora do Brasil

Na última segunda-feira (7), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou apoio a Jair Bolsonaro, dizendo estar “assistindo de perto à caça às bruxas” contra o ex-presidente e seus aliados. “Deixem Bolsonaro em paz”, escreveu o republicano em rede social.

A fala provocou resposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): “Dê palpite na sua vida e não na nossa”, afirmou o petista.

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