Política
Publicado em 05/05/2025, às 06h57 A visita de Janja ao Kremlin, a convite de Putin, levanta questões sobre os custos e a transparência das viagens da primeira-dama. - Divulgação Dani Oliveira
A primeira-dama Janja da Silva desembarcou na manhã do último sábado (3) em Moscou, seis dias antes da comitiva presidencial chefiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ((PT). Ao chegar à capital da Rússia, Janja fez uma visita oficial ao Kremlin, sede do governo, a convite do presidente Vladimir Putin.
A antecipação de sua chegada reacendeu críticas da oposição sobre a transparência e os custos das viagens internacionais.
Segundo o Palácio do Planalto, Janja chegou à capital russa às 5h (horário local), a bordo de uma aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB), o maior avião da frota, com capacidade para 238 passageiros.
O motivo da viagem é a participação da primeira-dama brasileira nas celebrações do Dia da Vitória, comemorado em 9 de maio, que marca os 80 anos da derrota da Alemanha Nazista pelas forças aliadas lideradas pela União Soviética na Segunda Guerra Mundial.
O presidente Lula, acompanhado por ministros, parlamentares e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), deve viajar apenas na próxima quinta-feira (8), integrando a delegação oficial do país.
AGU atesta que atuação da primeira-dama é de interesse público
A presença de Janja em compromissos diplomáticos tem sido motivo de disputa. Política parlamentares da oposição questionam os gastos com viagens e a atuação institucional da primeira-dama, que não ocupa cargo público formal.
Embora sem cargo oficial, Janja vem ganhando protagonismo em eventos internacionais e em visitas a chefes de Estado, o que, segundo aliados, fortalece a imagem do Brasil em temas como meio ambiente e direitos humanos.
Em março, a Advocacia-Geral da União (AGU) emitiu parecer defendendo que a posição de primeira-dama representa uma função de interesse público e que, por isso, despesas com viagens e eventos oficiais podem ser custeadas pelo Estado. O mesmo parecer também reforçou a necessidade de transparência plena das agendas, prática que ainda não foi adotada com regularidade.
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