Política

Hugo Motta aciona Itamaraty para tirar Prefeito de João Pessoa de Israel. Secretário de Natal também está lá

Israel intensifica ataques ao Irã, e a comitiva brasileira se preocupa com a segurança e retorno ao Brasil em meio à crise  |  Divulgação

Publicado em 13/06/2025, às 09h39   Divulgação   Dani Oliveira

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acionou o Itamaraty na noite de quinta-feira (12) para antecipar o retorno do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP-PB), que está em Israel. A informação foi dada pelo próprio Lucena em um vídeo publicado em suas redes sociais.

Quem também enfrenta o clima de tensão por estar na mesma situação é o titular da Secretaria de Planejamento de Natal, Vagner Araújo, que chegou ao país para cumprir agenda quando Israel lançou um ataque contra o Irã, na madrugada desta sexta-feira (13). Segundo ele, o cenário local é de extrema apreensão. Na região em que está, próximo à cidade de Tel Aviv, atividades não essenciais foram suspensas e a recomendação do governo local é para que todos permaneçam em casa.

Caso o clima não melhore nos próximos dias, a comitiva brasileira está buscando apoio para que um avião do governo brasileiro se desloque ao país para buscar a delegação.

Bunker para proteção

Nas imagens, gravadas durante missão oficial no país, o prefeito da capital paraibana disse que ele e sua delegação tiveram de ir duas vezes para um abrigo depois de toques de sirene que alertam para a necessidade de proteção. Israel lançou ataques contra instalações nucleares do Irã na 5ª feira (12.jun) e matou o chefe da Guarda Revolucionária do país.

Lucena afirmou estar em um campus universitário. “Tem abrigo aqui, já fomos duas vezes para o abrigo, por ter tocado a sirene de aviso”, declarou. O prefeito foi a Tel Aviv participar do MuniWorld 2025, um evento sobre sustentabilidade e soluções para a administração municipal.

O espaço aéreo está fechado e já tivemos contato com a embaixada sobre a possibilidade de antecipar o retorno, mas vamos ver como isso é possível. O presidente [da Câmara dos Deputados] Hugo Motta tem nos dado apoio, tem falado com o Itamaraty. Fiquem tranquilos, vamos ter fé, está tudo em paz, vai dar tudo certo”, disse Lucena.

A Força Aérea Israelense atacou instalações nucleares e de mísseis do Irã. Segundo a TV estatal iraniana, fortes explosões foram ouvidas na capital, Teerã.

Como afirmou Lucena, o espaço aéreo foi fechado. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa israelense, Israel Katz. “Depois do ataque preventivo do Estado de Israel contra o Irã, um ataque com mísseis e drones contra o Estado de Israel e sua população civil é esperado em um futuro imediato”, disse Katz ao declarar estado de emergência.

Um porta-voz das Forças de Defesa de Israel afirmou que, a partir da manhã desta 6ª feira (13.jun), serão autorizadas apenas atividades “necessárias” no país —ou seja, serão suspensas atividades educacionais, aglomerações e o funcionamento de empresas, com exceção das consideradas essenciais.

O Irã confirmou que Hosseini Salami, comandante da Guarda Revolucionária do país, morreu na ofensiva israelense. Salami era uma das figuras mais influentes das Forças Armadas iranianas.

A Guarda Revolucionária é considerada a força militar mais poderosa do Irã. Criada depois da Revolução Islâmica de 1979, tem como função proteger os líderes do regime e garantir a segurança do governo.

A estratégia de Israel

O ataque de Israel ao Irã não só foi mais abrangente e intenso do que as duas operações militares anteriores, realizadas em 2024, como também parece ter adotado parte da estratégia usada na ofensiva israelense contra o Hezbollah no Líbano em novembro passado.

A ação não visa apenas atingir as bases de mísseis do Irã — e, portanto, a capacidade do país de responder com força — mas também lançar ataques para eliminar membros-chave da liderança iraniana.

Essa estratégia de mirar em figuras importantes do Hezbollah teve consequências devastadoras para a capacidade do grupo montar uma contraofensiva sustentável.

Imagens de Teerã mostraram o que parecem ser prédios específicos atingidos, semelhantes às imagens dos ataques de Israel aos subúrbios localizados no sul de Beirute, que culminaram na morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah.

Nenhuma figura dessa magnitude parece ter sido morta no Irã. O líder supremo Ali Khamenei não foi alvo, por exemplo.

 

 

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