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Grupo ligado a Braga Netto teria tentado acessar delação de Mauro Cid de maneira indevida, aponta PF

De acordo com informações presentes em um relatório da PF, os investigados atuaram para conseguir informações confidenciais  |  Ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto - Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Publicado em 18/06/2025, às 16h55   Ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto - Marcello Casal Jr/Agência Brasil   Júnior Teixeira

Em um relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) relata que o grupo liderado por Walter Braga Netto tentou acessar, de forma indevida, o conteúdo da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Essa atitude pode configurar uma tentativa de obstrução de investigação, além de fraude processual e formação de organização criminosa. 

De acordo com informações presentes em um relatório da Polícia Federal, os investigados atuaram para conseguir informações confidenciais do acordo que Mauro Cid fez com a PF. 

Tal atitude converge com outros elementos que já foram identificados no inquérito da Petição 12.100/DF, o qual apura a atuação de militares e aliados ligados à Bolsonaro contra a legitimidade das eleições de 2022.

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“Os dados analisados demonstram que os integrantes da organização criminosa atuaram para obter o conteúdo do acordo de colaboração premiada [...] convergindo com os demais elementos de prova”, diz o relatório.

Braga Netto foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022. Ele foi citado em diversas frentes de investigação sobre possíveis tentativas de golpe de Estado e ataques ao sistema eleitoral após as eleições de 2022.

Esse movimento realizado para acessar o conteúdo da delação de Mauro Cid é considerada grave, além de reforçar indícios de ingerência e articulação para minar a apuração dos crimes investigados.

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