Política
Publicado em 14/10/2025, às 12h02 A governadora do Rio Grande do Norte teria sido mencionada como possível substituta de Barroso, mas governo nega especulações. - Reprodução/Internet Dani Oliveira
O nome da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), chegou a ser citado em veículos nacionais como uma das possíveis indicadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) para substituir o ministro Luís Roberto Barroso, que anunciou aposentadoria.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (14) pelo canal Jovem Pan News, mas rapidamente desmentida pelo Governo do Estado.
Segundo a apuração nacional, a governadora teria sido cogitada por sua capacidade de articulação política junto ao Senado, além de representar uma liderança feminina e regional dentro do Partido dos Trabalhadores.
Também figuravam na lista a presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha, e outros nomes de destaque.
Contudo, fontes próximas ao Palácio do Planalto reforçaram que os favoritos do presidente Lula para a vaga são o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Governo do RN divulga nota oficial e descarta especulação
Em resposta à repercussão, o Governo do Rio Grande do Norte divulgou uma nota oficial negando qualquer possibilidade de indicação de Fátima Bezerra ao STF.
O texto ressalta que a governadora é formada em Pedagogia e não possui atuação na área do Direito, descredenciando qualquer fundamento jurídico ou político para a especulação.
Nota Oficial
Não procede a informação de que a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, poderia assumir uma vaga de ministra do Supremo Tribunal Federal (STF).
A governadora é formada em Pedagogia e jamais exerceu atividade ligada ao Direito. Não há qualquer fundamento, e esse tema nunca foi sequer tratado por Fátima Bezerra.”
Natal, 14 de outubro de 2025.
Gabinete Civil do Governo do Estado do RN – GAC
Assessoria de Comunicação do Governo do RN – Assecom
Disputa pela vaga de Barroso movimenta bastidores de Brasília
A sucessão no Supremo tem gerado intensa movimentação política desde que Luís Roberto Barroso anunciou, na última quinta-feira (9), que deixará o tribunal nos próximos dias.
Indicado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), Barroso completa 12 anos de atuação na Corte, onde chegou a exercer a presidência entre 2023 e 2025. E na noite dessa segunda-feira (13) o ministro formalizou o pedido de aposentadoria antecipada do STF.
Com a saída confirmada, a escolha do novo ministro reacende o debate sobre perfil, gênero e representatividade regional na composição do STF — temas que têm pautado discussões recentes entre parlamentares e aliados do governo.
O STF agora é presidido pelos ministros Luiz Edson Fachin e Alexandre de Moraes, que ocupa a vice-presidência. Barroso vai aproveitar essa reta final para analisar processos e julgamentos que foram suspensos a pedido dele, como a ação que discute a descriminalização do aborto até a 12 semana de gestação.