Política
Publicado em 18/07/2025, às 11h00 Foto: Reprodução. Redação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, anunciou que vai oficiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), após o advogado Jeffrey Chiquini sugerir que ele pode ter participado de uma reunião no Palácio da Alvorada, em 2022, onde se discutiu a chamada minuta golpista.
O ofício busca esclarecer a eventual presença de Tarcísio, embora o governador não seja réu, nem formalmente investigado no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado.
A declaração surgiu durante audiência em que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, prestava depoimento. Chiquini, advogado de Filipe Martins, insistiu sobre a coincidência de horários entre o acesso de Tarcísio e Martins ao Palácio, conforme registros de entrada.
Moraes classificou o questionamento como “insinuações” e determinou que qualquer informação adicional fosse oficializada.
O episódio ampliou a tensão política. Aliados de Tarcísio acusam o STF de tentar “politizar” o inquérito e criar desgaste para o governador, visto como presidenciável em 2026. No Planalto, a movimentação é observada com cautela, enquanto a oposição pressiona por explicações formais e maior transparência sobre os registros do Alvorada.
No mercado, o barulho político adiciona mais um fator de volatilidade. Analistas já veem o cenário institucional como um dos riscos para ativos brasileiros, com receio de que o novo embate do STF contamine a agenda econômica e as reformas em curso em São Paulo.
Fontes: JOTA, CNN Brasil, CartaCapital, UOL, Folha de S.Paulo