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Dívida com precatórios no RN cresce 600% e estado está “ingovernável”, alerta Tomba Farias

Tomba enfatizou o o rápido crescimento da dívida com precatórios, que saltou de R$ 900 milhões em 2019 para R$ 5 bilhões em 2024  |  Tomba Farias (PL), deputado estadual - Divulgação

Publicado em 26/06/2025, às 13h17   Tomba Farias (PL), deputado estadual - Divulgação   Redação

Líder do PL na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Tomba Farias (PL) voltou a criticar a situação fiscal do Rio Grande do Norte que, de acordo com ele, está “ingovernável”.

Tomba enfatizou o o rápido crescimento da dívida com precatórios, que saltou de R$ 900 milhões em 2019 para R$ 5 bilhões em 2024, representando um aumento de cerca de 600%.

Discurso

Durante seu discurso na Assembleia Legislativa, o deputado afirmou que o governo d RN não está cumprindo acordos firmados na Justiça para o pagamento dos precatórios.

“A Justiça faz o acordo, mas o precatório não é pago pelo governo”, disse o parlamentar, dando ênfase para a necessidade de criação de medidas urgentes para evitar o agravamento do problema.

“O Estado está ingovernável. Isso é uma bomba de hidrogênio que está guardada e queimando por fora, prestes a explodir. A qualquer hora a explosão vai ser grande e vai cair no colo dos futuros governantes”, alertou.

Pontos levantados por Tomba

O deputado ainda relembrou de sua experiência como prefeito de Santa Cruz, período em que enfrentou situação semelhante.

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“Pegamos precatórios no valor de R$ 20 milhões, que hoje seria algo em torno de R$ 200 milhões ou R$ 300 milhões. A primeira medida que tomamos foi tratar de pagar os precatórios. A dívida foi sanada após 20 anos, pagando R$ 300 mil por mês”, afirmou.

Ele também destacou o alto comprometimento da receita estadual com gastos de pessoal. “No Rio Grande do Norte, mais de 64% da receita é destinada apenas ao pagamento da folha. É o maior percentual do Brasil”, afirmou.

Tomba chamou atenção para o impacto das judicializações na área da saúde. “Uma cirurgia que custaria R$ 20 mil ao governo, quando judicializada, passa a custar R$ 200 mil em hospitais particulares. É uma sangria para os cofres públicos”, disse.

Por fim, o líder do PL cobrou ações concretas do governo Fátima Bezerra (PT) para enfrentar o cenário. “Se o governo não buscar pagar esses débitos, a situação vai sair do controle e o caos será ainda maior”, concluiu.

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