Política

Gilson Machado deixa prisão após decisão de Alexandre de Moraes

Após a decisão do STF, o ex-ministro do turismo deverá cumprir medidas cautelares, incluindo comparecimento à Justiça e proibição de sair do país  |  Foto: Valter Campanato - Agência Brasil

Publicado em 15/06/2025, às 11h15   Foto: Valter Campanato - Agência Brasil   Leonardo Pereira

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, mandou soltar o ex-ministro do turismo Gilson Machado, que chefiou a pasta durante o governo de Jair Bolsonaro. 

O político foi preso na manhã desta sexta-feira (13), no Recife, por determinação do ministro, pela suspeita de tentar emitir um passaporte português para o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, delator nas investigações sobre a trama golpista. 

Ainda na noite da sexta-feira (13), Machado deixou a prisão em Pernambuco, por ordem de Moraes. o ex-ministro saiu do Cotel (Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna), em Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife, por volta das 23h com destino a sua casa no bairro de Boa Viagem, na capital pernambucana.

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Em substituição à prisão, Gilson deverá cumprir medidas cautelares, como comparecimento obrigatório à Justiça, cancelamento do passaporte, proibição de sair do país e de manter contato com investigados pela trama golpista. 

Pela manhã, Mauro Cid prestou depoimento à Policia Federal (PF) e negou ter a intenção de sair do país. De acordo com as investigações, a família dele embarcou para os Estados Unidos no mês passado. 

Em março deste ano, Moraes cobrou explicações do militar sobre a tentativa de obtenção do passaporte português. 

Na ocasião,  o advogado Cesar Bittencourt disse que Cid deu entrada no pedido de cidadania portuguesa no dia 11 de janeiro de 2023 (após os ataques de 8 de janeiro). Segundo a defesa, o pedido foi feito "única e exclusivamente" porque a esposa e as filhas dele já possuem a cidadania portuguesa.

Bittencourt confirmou que a carteira de identidade portuguesa foi expedida e enviada em 2024. O advogado disse ainda que "carteira portuguesa é apenas um documento de identificação", que tem validade naquele país.

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