Política
Publicado em 23/08/2025, às 19h36 Martin De Luca, advogado com formação em Direito e especialização em litígios internacionais - Reprodução Gabi Fernandes
O advogado Martin De Luca, que representa a Trump Media e a plataforma Rumble em uma ação contra o ministro Alexandre de Moraes (STF) nos Estados Unidos, afirmou neste sábado (23) ter recebido ameaças após seu número de telefone ser divulgado em um relatório da Polícia Federal.
Em publicação na rede social X (antigo Twitter), De Luca disse estar recebendo “inúmeras ameaças”, mas também mensagens de apoio. “Sei que este é um momento crucial no Brasil. Estou bem e retomarei o contato assim que todas as medidas de segurança estejam implementadas. Obrigado a todos pelo amor e apoio”, escreveu. Ele finalizou com a frase: “Obrigado, Make Brazil Free Again”.
Many people are saying that the leak containing personal identifying information violates all kinds of laws and regulations. Is it really a crime in Brazil what they did to me? https://t.co/1JGEDv59m1
— Martin De Luca (@emd_worldwide) August 23, 2025
A divulgação do número do advogado foi revelada pela coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles. De Luca questionou publicamente se a inclusão de seus dados pessoais no documento poderia configurar crime.
“Muitas pessoas estão dizendo que o vazamento contendo dados pessoais viola vários tipos de leis e regulações. É realmente considerado crime no Brasil o que fizeram comigo?”, escreveu.
Um membro da cúpula da Polícia Federal, ouvido pela coluna, justificou que a inclusão dos dados é necessária para a produção de provas e afirmou que o relatório segue protocolos de sigilo.
O documento faz parte do inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal e que resultou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O caso segue sob análise do STF.
Quem é Martin de Luca
Martin de Luca é bacharel em Belas Artes, Ciências Políticas e Estudos do Leste Europeu pela Universidade Rutgers, de Nova Jersey. Formou-se em Direito em 2010 na Universidade Fordham, de Nova York. O defensor é sócio do escritório Boies Schiller Flexner, especializado em litígios internacionais e em clientes de alto padrão.
Nos Estados Unidos, o curso de Direito é uma pós-graduação e exige do estudante um bacharelado anterior. Embora seja chamado de “juris doctor”, o curso não é equivalente ao doutorado brasileiro.
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