Polícia
Publicado em 17/09/2025, às 07h35 As investigações revelaram que a vingança foi a motivação do incêndio, que ocorreu em março de 2024 e teve repercussões legais e financeiras. - Divulgação Dani Oliveira
Um episódio de extrema violência marcou o setor automotivo em Joinville (SC). Um cliente, revoltado após ter a garantia de um veículo negada, incendiou o pátio de uma concessionária em março de 2024.
O ataque criminoso resultou na destruição de 54 automóveis e causou um prejuízo estimado em R$ 5 milhões.
A motivação só veio à tona em julho de 2025, com a divulgação de investigações da Polícia Civil.
Conforme o delegado Fábio Fortes, o suspeito trocou mensagens com outras pessoas dizendo que não aceitaria ser enganado.
A polícia diz ter identificado conversas em que ele diz: “ninguém me passa pra trás”. Em outro trecho, ele afirma que “vai botar fogo em tudo” — relatou o delegado.
As imagens de segurança da madrugada do incêndio mostram um homem encapuzado pulando o muro da loja, localizada na Rua Santa Catarina, no bairro Floresta.
Pouco depois, o fogo se espalha e toma conta da área onde os veículos estavam estacionados.
O estopim: garantia negada
De acordo com a apuração, o cliente sentiu-se injustiçado após a concessionária recusar a cobertura de garantia de um carro que havia adquirido.
Em tom de ameaça, ele chegou a dizer: “Ninguém me passa pra trás”, frase que refletia o sentimento de vingança que culminaria no incêndio.
Destruição milionária
O fogo se alastrou rapidamente pelo pátio, consumindo 54 veículos. Além do prejuízo material, o crime expôs riscos à segurança pública e à operação da concessionária.
Estima-se que o impacto financeiro ultrapasse R$ 5 milhões, valor que pode envolver processos de indenização e acionamento de seguros.
Aspectos legais do caso
A ação foi classificada como incêndio doloso e crime contra o patrimônio.
Apesar da gravidade, o autor responderá em liberdade, decisão que pode estar relacionada à ausência de flagrante, pagamento de fiança ou aplicação de medidas cautelares alternativas à prisão preventiva.
Reflexos para o setor automotivo
O episódio gera debates sobre prevenção e responsabilidade:
• Empresas precisam aprimorar processos de garantia e comunicação com clientes, evitando conflitos que possam escalar.
• Órgãos de defesa do consumidor podem reforçar fiscalização e exigir maior transparência contratual.
• Concessionárias e lojistas tendem a investir mais em segurança patrimonial, monitoramento e seguros contra incêndios criminosos.
O alerta deixado pelo caso
O incêndio não foi apenas um crime de vingança, mas um marco de alerta para o comércio.
Ele expôs como falhas no relacionamento com consumidores podem desencadear consequências trágicas, atingindo patrimônio, empregos e a própria reputação empresarial.
Relembre o caso
Em março de 2024, uma concessionária de Joinville (SC) foi alvo de um incêndio criminoso que destruiu 54 veículos. O cliente responsável pelo ataque teria agido em represália à negação de garantia do carro que havia comprado.
As investigações, divulgadas apenas em julho de 2025, confirmaram que a motivação do crime foi a vingança. O prejuízo superou R$ 5 milhões. O acusado responde em liberdade, mas ainda poderá enfrentar ações penais e cíveis para reparar os danos.