Polícia
Publicado em 13/05/2025, às 06h54 A situação crítica no presídio Alcaçuz levanta questões sobre a gestão da SEAP e a necessidade urgente de reformas estruturais. - Divulgação Dani Oliveira
No início do mês, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) tomou duas atitudes duras em relação as condições de higiene no presídio de Alcaçuz, em Nísia Floresta, Grande Natal. Primeiro, cobrou explicações formais do Governo do Estado sobre a persistente infestação de ratos e a falta de higiene no Complexo Penitenciário, e em seguida, pediu a remoção temporária do secretário da Administração Penitenciária do Estado, Helton Edi.
Com a situação ainda incontrolada, no último fim de semana, imagens da penitenciária viralizaram nas redes socias; o vídeo que circula mostra um ninho de ratos num depósito de bananas. A infestação do roedor, inclusive , já havia sido citado pelo MP ao dizer que a Secretária não tem cumprido decisões judiciais.
Segundo relatório encaminhado pela Promotoria de Justiça da comarca de Nísia Floresta, as visitas realizadas nos dias 1º e 7 de abril constataram que, mesmo após reuniões com a Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP), nenhuma providência concreta foi tomada para combater a presença de roedores. O Ministério Público também denunciou deficiências graves na alimentação e na distribuição de itens de higiene pessoal fornecidos aos detentos.
Além do ninho de ratos, o Sindicato dos Policiais Penais do RN denunciou também a situação absurda com esgotos a céu aberto no Rogério Coutinho Madruga. Nesta semana, a direção do sindicato esteve na unidade e constatou fossas estouradas, ocasionando grandes riscos à saúde da população carcerária e dos Policiais Penais.
Infelizmente, não é de agora que o Sindppen-RN denuncia e cobra providências para essa situação. Apesar de a direção da unidade fazer todo esforço para evitar o problema, mas a falta de providências do poder público e da gestão da SEAP faz com que esse absurdo continue acontecendo”, citou o Sindicato.