Polícia
Publicado em 21/05/2025, às 15h44 Foto: Reprodução Redação
A Polícia Federal apreendeu documento e anotações que revelam que o Comando Vermelho (CV), uma das maiores facções criminosas do Brasil, enviou recursos financeiros para apoio da organização no município de Mossoró, no Rio Grande do Norte, além de outras cidades que abrigam presídios federais, como Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Brasília (DF).
Os agentes da PF encontraram planilhas escritas a mão que detalham o fluxo financeiro da facção. A movimentação só em fevereiro de 2024 somava R$ 13,8 milhões, sendo R$ 6 milhões descritos como “dinheiro guardado” e R$ 7,8 milhões relacionados a “mercadorias”, ou seja, drogas.
Entre os gastos listados estão, por exemplo, R$ 55 mil com advogados e R$ 39 mil na compra de 30 kg de maconha. Mossoró, onde está localizado um dos presídios federais de segurança máxima que abrigam líderes do CV, recebe repasse para estruturas de apoio da facção.
O documento também detalha a entrada de recursos, com destaque para mais de R$ 1 milhão provenientes da venda de cocaína, maconha e skank.
A descoberta foi feita a partir da interceptação de mensagens trocadas entre Edgar Alves Andrade, o “Doca”, chefe do tráfico no Complexo da Penha (RJ), e Arnaldo da Silva Dias, conhecido como “Naldinho”, atualmente preso no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Acordo da facção com autoridade para o G20
As mensagens interceptadas revelam também que os chefes da organização determinaram uma trégua de sete dias durante a realização da cúpula do G20, em fevereiro, no Rio. A ordem teria partido após um suposto contato entre a facção e “um representante das autoridades, no Rio”. O nome da autoridade, entretanto, não foi identificado.
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