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[VÍDEO] Operação da Polícia Civil do RN mira influenciadoras que divulgavam jogos ilegais para aplicar golpe

De acordo com a Polícia Civil, foram identificadas movimentações financeiras que eram incompatíveis com a renda declarada dos investigados  |  Além disso, os investigados também ostentavam bens de luxo em postagens públicas - Divulgação/Polícia Civil do RN

Publicado em 10/09/2025, às 13h13 - Atualizado às 13h15   Além disso, os investigados também ostentavam bens de luxo em postagens públicas - Divulgação/Polícia Civil do RN   José Nilton Jr.

Na manhã desta quarta-feira (10), a Polícia Civil do Rio Grande do Norte executou a Operação Viúva Negra, que teve como objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava na área dos jogos de azar eletrônicos e lavagem de dinheiro. Os envolvidos no esquema usavam plataformas virtuais ilegais, que eram amplamente divulgadas por influenciadoras digitais em redes sociais.

As investigações tiveram início a partir de relatórios produzidos pela Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (DECCOR) e de comunicações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

De acordo com a Polícia Civil, foram identificadas movimentações financeiras que eram incompatíveis com a renda declarada dos investigados. Além disso, os investigados também ostentavam bens de luxo em postagens públicas.

Entre as evidências, constam a compra de imóveis e veículos de alto valor em dinheiro vivo. A operação desta quarta-feira foi realizada por meio da Delegacia Especializada no Combate à Lavagem de Dinheiro (DRLD). 

Bloqueio de bens

Durante a ação dos agentes, foram cumpridas medidas cautelares que resultaram no bloqueio de cerca de R$ 2 milhões de reais que estavam em contas bancárias; a  apreensão de quatro imóveis em Parnamirim e Mossoró; além da indisponibilidade de veículos e outros ativos financeiros.

A polícia também confiscou documentos e dispositivos eletrônicos relevantes que pooderão ajudar no andamento da investigação. 

Esquema criminoso

Segundo informações da DRLD, os criminosos utilizavam jogos como o chamado “jogo do tigrinho”. Eles são frequentemente manipulados em versões de demonstração para simular ganhos e atrair apostadores.

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Os valores obtidos pelo esquema criminoso eram rapidamente convertidos em bens de luxo ou transferidos para terceiros. Empresas fictícias e plataformas de pagamento eram utilizadas, o que caracteriza a ocultação de patrimônio.

Influenciadoras investigadas

As influenciadoras usavam coreografias, apelos visuais e uma imagem de vida luxuosa para conquistar seguidores nas redes sociais. Dessa maneira, elas conseguiam convencer os internautas a usarem as plataformas ilegais.

A estratégia, de acordo com a polícia, se assemelha ao comportamento da “viúva negra”: sedução inicial seguida de prejuízos financeiros e, em muitos casos, dívidas e ruína pessoal das vítimas.

Força-tarefa

A operação contou com apoio do Departamento de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD), da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), do 2º Núcleo de Investigação Qualificada (NIQ), além de delegacias regionais e municipais em Jucurutu, Umarizal, Patu e Caicó.

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