Polícia
Publicado em 06/10/2025, às 14h59 O grupo em questão foi flagrado no dia 23 de setembro trocando rótulos e tampas de marcas conhecidas de cerveja - Reprodução/Internet José Nilton Jr.
Cerca de vinte pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por participação em um esquema criminoso de falsificação e adulteração de bebidas alcoólicas. A ação era realizada em um armazém em Ferraz de Vasconcelos, município localizado na região metropolitana da capital paulista.
O grupo em questão foi flagrado no dia 23 de setembro trocando rótulos e tampas de marcas conhecidas de cerveja. No local em que o esquema atuava, a polícia encontrou e apreendeu diversas caixas de cerveja, equipamentos de envase, rótulos, tampas, barris, adesivos e veículos que eram usados para transporte e distribuição das bebidas adulteradas.
O sistema de Justiça recebeu a denúncia formal e solicitou perícias para verificar se os produtos contêm metanol.
Segundo o apurado durante as investigações, o galpão era usado exclusivamente para adulteração. No local, os agentes encontraram garrafas cheias e vazias, prensas manuais, impressoras, empilhadeiras e rótulos de diferentes marcas.
Foi destacado pelo Ministério Público que no local não existia qualquer controle sanitário, ampliando os riscos à saúde pública.
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A apreensão reforça a preocupação das autoridades diante da possibilidade de bebidas adulteradas circularem em larga escala, sobretudo em bares e restaurantes.
Após a realização da denúncia, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou uma instrução urgente direcionada a bares, restaurantes, supermercados, distribuidoras, boates, hotéis e aplicativos de entrega.
Foi recomendado que os estabelecimentos redobrem a atenção com bebidas que apresentem lacres danificados, impressões defeituosas nos rótulos ou preços muito abaixo do mercado.
O comunicado ainda orienta que consumidores que manifestem sintomas como visão turva, náusea e dor de cabeça recebam atendimento médico imediato.
O MJSP determinou que, em caso de suspeita, os estabelecimentos suspendam imediatamente a venda, isolem os lotes e comuniquem a Vigilância Sanitária, além de órgãos como Polícia Civil e PROCON.