Polícia

Jovem confessa ter mandado matar o pai para ficar com herança de R$ 2 milhões

Amanda Chagas Botrel foi presa após confessar o crime que chocou Pernambuco, planejando a morte do pai para ficar com a herança  |  Apesar de aparentar boa relação com os pais, Amanda demonstrou frieza ao confessar o crime, sem arrependimento visível - Reprodução

Publicado em 29/06/2025, às 18h35   Apesar de aparentar boa relação com os pais, Amanda demonstrou frieza ao confessar o crime, sem arrependimento visível - Reprodução   Gabi Fernandes

Uma jovem de 19 anos foi presa após confessar à Polícia Civil de Pernambuco que planejou o assassinato do próprio pai para ficar com a herança, estimada em R$ 2 milhões. O crime ocorreu na noite de 20 de junho, na praia de Enseada dos Corais, em Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife.

A vítima, Ayres Botrel, de 60 anos, era caminhoneiro e foi morto a tiros enquanto dormia em casa. A filha, Amanda Chagas Botrel, foi presa seis dias depois, na quinta-feira (26), após cair em contradição durante os depoimentos à polícia. Inicialmente, ela afirmou que homens armados invadiram a casa e executaram o pai. No entanto, câmeras de segurança mostraram que apenas o carro dela entrou e saiu do local naquela noite, sem qualquer sinal de invasão.

Confrontada com as evidências, Amanda acabou confessando que havia planejado o crime. De acordo com a delegada Myrthor Freitas, ela teria levado os executores até a residência e facilitado a entrada deles. A investigação aponta que o assassinato foi motivado por interesses financeiros. Ayres era proprietário de um caminhão, imóveis e outros bens que, juntos, somam cerca de R$ 2 milhões. Amanda já tinha um duplex registrado em seu nome.

Segundo depoimento da mãe, a jovem mantinha boa relação com os pais, morava com eles, cursava faculdade e “tinha tudo do bom e do melhor”. Mesmo assim, decidiu encomendar a morte do pai para acelerar o recebimento da herança.

Outro fator que chamou atenção dos investigadores foi o tempo de reação da jovem: ela demorou entre 15 e 20 minutos para ligar para a mãe após os disparos. A polícia cruzou o horário da ligação com imagens de câmeras de segurança, o que reforçou as suspeitas.

De acordo com o delegado Rodrigo Belo, da 14ª Delegacia de Homicídios, Amanda demonstrou frieza ao confessar o crime, sem demonstrar arrependimento, mesmo ao ver a mãe chorar. Segundo ele, apesar de demonstrar afeto pelo pai em público, o crime foi premeditado.

Amanda passou por audiência de custódia e foi encaminhada à Colônia Penal Feminina do Recife, no bairro da Iputinga. Ela responderá por homicídio qualificado. A polícia segue investigando para identificar os executores do crime e possíveis outros envolvidos. Até o momento, Amanda é apontada como autora intelectual do assassinato

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