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Desemprego cai a 5,6% e Brasil bate recorde histórico de trabalhadores empregados, diz IBGE

Segundo o levantamento do IBGE, também foi registrado um crescimento no número de empregados com carteira assinada, que chegou a 39,1 milhões  |  Os dados incluem todas as modalidades de trabalho: formais, temporários e autônomos - Reprodução/Internet

Publicado em 16/09/2025, às 13h19   Os dados incluem todas as modalidades de trabalho: formais, temporários e autônomos - Reprodução/Internet   José Nilton Jr.

Nesta terça-feira (16), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou números referentes à taxa de desemprego no Brasil. De acordo com o levantamento, o índice recuou para 5,6% no trimestre que foi encerrado no mês de julho. Esse é o menor patamar desde o início da série, que começou no ano de 2012. 

Em relação ao trismestre anterior, a taxa estava em 5,8%. De acordo com o levantamento, 6,118 milhões de pessoas estavam desocupadas no período analisado, representando o menor número desde o fim de 2013. No que diz respeito à quantidade de pessoas trabalhando, o número chegou a um recorde de 102,4 milhões. 

Carteira assinada em alta

Ainda de acordo com o levantamento, também foi registrado um crescimento no número de empregados com carteira assinada, que chegou a 39,1 milhões, sendo o maior já registrado. Dessa maneira, a taxa de ocupação da população em idade ativa ficou em 58,8%, o que representa outro recorde histórico.

Segundo William Kratochwill, que é analista do IBGE, os dados refletem a força da retomada do mercado de trabalho.

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“O mercado está em alta, demonstrando resiliência e características típicas de expansão. O número de pessoas fora do mercado de trabalho está diminuindo”, afirmou.

Os dados incluem todas as modalidades de trabalho: formais, temporários e autônomos. Também abrange 211 mil domicílios em todo o Brasil. Somente quem busca emprego ativamente é classificado como desocupado.

Setores que puxaram o emprego

Entre os meses de maio e julho deste ano, três setores se destacaram na criação de vagas:

Agricultura, pecuária, silvicultura, pesca e aquicultura: +206 mil pessoas

Informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas: +260 mil pessoas

Administração pública, defesa, previdência social, educação, saúde e serviços sociais: +522 mil pessoas

Em relação à taxa de informalidade, esta caiu de 38% para 37,8% no trimestre, sendo a segunda menor já registrada, ficando atrás apenas de julho de 2020.

Ainda assim, aproximadamente 38,8 milhões de pessoas seguem trabalhando sem vínculo formal.

Renda e desalento

O rendimento médio real do trabalhador ficou em R$ 3.484 reais, sendo o maior para o período, mas ligeiramente abaixo do trimestre anterior (R$ 3.486). O total de rendimentos somou R$ 352,3 bilhões, alta de 2,5% frente ao segundo trimestre.

Já a população fora da força de trabalho manteve-se estável em 65,6 milhões de pessoas. O número de desalentados, que são pessoas que desistiram de procurar emprego, caiu 11%, chegando a 2,7 milhões.

Classificação Indicativa: Livre


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