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Publicado em 24/06/2025, às 20h37 RN dá primeiro passo rumo à energia eólica no mar com licença inédita do Ibama - Reprodução Redação
O Brasil acaba de alcançar um marco inédito na geração de energia limpa com o Sítio de Testes de Aerogeradores Offshore, com capacidade instalada de até 24,5 megawatts (MW), recebeu nesta terça-feira (24) a primeira licença prévia do país para um projeto de energia eólica em alto-mar. A estrutura será implantada no litoral de Areia Branca, no Rio Grande do Norte.
A licença foi entregue pelo presidente substituto do Ibama, Jair Schmitt, e pela diretora de Licenciamento Ambiental, Claudia Barros, ao coordenador do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Antônio Medeiros, e ao diretor regional do Senai no estado, Rodrigo Mello.
De acordo com o Ibama, a autorização veio após um “extenso processo de análise” realizado por uma equipe técnica multidisciplinar especializada em impactos ambientais. Segundo Eduardo Wagner, coordenador de Licenciamento Ambiental de Geração de Energias Renováveis e Térmicas, os estudos começaram em 2017.
“É uma oportunidade única e necessária de construir as formas de avaliação dentro do licenciamento ambiental desde o começo, considerando de maneira adequada os impactos nos meios social, biótico e físico”, afirmou.
A análise identificou diversos impactos associados ao projeto, o que levou à criação de um robusto Plano de Gestão Ambiental, com 13 programas. Entre eles estão ações como o monitoramento de fauna, ruídos subaquáticos, qualificação profissional e comunicação com as comunidades, tudo com foco na sustentabilidade do empreendimento.
“A emissão da licença prévia atesta a viabilidade ambiental do projeto em sua fase de planejamento, condicionada ao cumprimento dos requisitos estabelecidos pelo Ibama para as próximas etapas do licenciamento”, completou Wagner.
A entrega oficial aconteceu no edifício-sede do Ibama, em Brasília. Para a diretora Claudia Barros, o documento é mais do que um aval ambiental é o início de uma nova era. “É uma possibilidade de gerarmos conhecimento e informação sobre um setor que pode deslanchar nos próximos anos”, destacou.