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Publicado em 26/05/2025, às 13h38 Sebastião Salgado e Lélia em foto de 2019 - Imagem: Daniel ROLAND / AFP Redação
Lélia Wanick Salgado, 78, viúva do fotógrafo Sebastião Salgado, revelou detalhes sobre a leucemia que acometeu o marido antes de sua morte, ocorrida na última sexta-feira (23).
Segundo Lélia, o diagnóstico da doença foi feito em março e a leucemia chegou em um estágio muito avançado.
“Chegou muito severa e não tinha mais jeito, mais tratamento, não tinha nada. Isso a gente não esperava de jeito nenhum. Eu esperava que o remédio fosse dar jeito”, lamentou em entrevista ao Fantástico (GLOBO).
Salgado, que tinha 81 anos, vinha com a imunidade fragilizada desde que contraiu malária em 2010. O casal, que esteve junto por mais de 60 anos, compartilhou a luta pela saúde do fotógrafo até o último momento.
“Para falar a verdade, eu nem sei como eu tô. 61 anos não é brincadeira não, né? É muito tempo de vida”, afirmou Lélia.
As cinzas de Sebastião serão depositadas no Terra Doce, projeto do Instituto Terra, criado pelo casal para reflorestamento ambiental. Juntos, plantaram mais de 3 milhões de árvores em diversas regiões do Brasil.
Nome de peso
Sebastião Salgado é essencial para o fotojornalismo por seu trabalho que une arte e denúncia social. Suas fotos em preto e branco retratam temas como pobreza, trabalho e meio ambiente, dando voz a populações marginalizadas e sensibilizando o público para questões globais.
Além disso, Salgado elevou o fotojornalismo à categoria de arte, influenciando gerações com sua técnica e narrativa visual. Com trabalho de impacto mundial, mostrou que a fotografia documental pode ser ferramenta poderosa para mudança social e memória histórica.
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