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SUS inaugura supercentro de diagnóstico do câncer

Centro especializado do SUS promete realizar 400 mil exames anuais, melhorando o diagnóstico de câncer no Brasil  |  SUS inaugura supercentro de diagnóstico do câncer - Reprodução

Publicado em 27/06/2025, às 21h14   SUS inaugura supercentro de diagnóstico do câncer - Reprodução   Redação

Um novo reforço no combate ao câncer pelo SUS foi inaugurado nesta sexta-feira (28) em São Paulo. Trata-se de um centro de diagnósticos especializado do Sistema Único de Saúde, fruto de uma parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e o Hospital A.C.Camargo.

Com essa estrutura, o sistema público passará a realizar mais 400 mil exames por ano, focados na análise de amostras para diagnóstico de câncer  uma doença que afeta cerca de 700 mil brasileiros anualmente.

O novo espaço integra o programa “Agora tem Especialistas”, do Ministério da Saúde, e contará com um investimento de R$ 126 milhões.

Batizado de Super Centro para Diagnóstico do Câncer, a unidade tem foco em telemedicina e capacidade para emitir até mil laudos por dia, reduzindo o tempo de espera para retorno dos exames de 25 para 5 dias, o que deve agilizar o diagnóstico e o início do tratamento.

Durante o lançamento, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que o Instituto do Coração (Incor) já utiliza a estratégia de atendimento remoto por especialistas. Segundo ele, a teleconsultoria tem potencial para reduzir em até 70% as filas de atendimento cardiológico.

“Isso desafoga as filas, leva cuidado rápido para quem está esperando e otimiza o uso dos especialistas disponíveis no país”, afirmou Padilha.

Na mesma ocasião, Padilha acompanhou a simulação de um diagnóstico por telepatologia no A.C.Camargo Cancer Center, que agora faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS).

A instituição, referência em diagnóstico remoto, irá compartilhar sua expertise com o SUS, atendendo unidades de saúde em todo o Brasil.

De acordo com o Ministério da Saúde, a coleta de material para biópsia continuará sob responsabilidade do SUS. Após a coleta, as amostras seguirão dois caminhos possíveis até o diagnóstico: transporte físico especializado ou digitalização e envio remoto pelos hospitais da rede pública inicialmente, 20 unidades-polo que serão treinadas pelo A.C.Camargo.

Depois disso, o hospital fornecerá telelaudo com conferência diagnóstica em tempo real, além de oferecer uma segunda opinião médica, sempre que necessário, para confirmação de diagnóstico, esclarecimento de dúvidas e apoio na definição da melhor abordagem terapêutica.

Ainda em São Paulo, Padilha anunciou um repasse de R$ 8,2 milhões ao Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) para a aquisição de um acelerador linear — equipamento fundamental no tratamento de câncer.

A medida faz parte do Plano de Expansão da Radioterapia no SUS (Persus II), que investirá R$ 400 milhões na modernização tecnológica da rede pública com a compra de 121 novos equipamentos. Os hospitais interessados deverão aguardar a abertura das inscrições, prevista para 14 de julho.

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