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Remédio para insônia mostra potencial contra Alzheimer em estudo; entenda

O estudo foi publicado no fim de maio na revista Nature Neuroscience, um periódico científico mensal  |  Aprovado no ano de 2019 pelo FDA visando o tratamento da insônia, o Lemborexant melhora a qualidade do sono ao bloquear a Orexina - Getty Images

Publicado em 23/06/2025, às 16h39   Aprovado no ano de 2019 pelo FDA visando o tratamento da insônia, o Lemborexant melhora a qualidade do sono ao bloquear a Orexina - Getty Images   Redação

Um medicamento originalmente utilizado para tratar problemas relacionados à insônia pode se tornar um grande aliado na luta contra o Alzheimer. Pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, descobriram que o Lemborexant protege o cérebro de camundongos contra o acúmulo da proteína Tau, relacionada à doença neurodegenerativa.

O estudo foi publicado no fim de maio na revista Nature Neuroscience, um periódico científico mensal que publica pesquisas originais de alta qualidade em todas as áreas da neurociência. 

Atuação do Lemborexant

Aprovado no ano de 2019 pelo FDA visando o tratamento da insônia, o Lemborexant melhora a qualidade do sono ao bloquear a Orexina, uma substância ligada ao ciclo de sono e vigília. A FDA é a agência reguladora dos Estados Unidos. 

No estudo realizado pelos pesquisadores da Universidade de Washington, o medicamento reduziu o nível anormal da proteína Tau e preservou até 40% mais volume no hipocampo em comparação com camundongos que usaram Zolpidem. O hipocamo é a área do cérebro essencial à memória. 

Qual a importância disso?

O acúmulo das proteínas Beta-Amiloide e Tau está entre os principais fatores de risco para o Alzheimer. Os medicamentos atuais, voltados ao combate à beta-amiloide, têm eficácia limitada no avanço da doença.

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Esse novo estudo abre caminho para explorar terapias focadas na proteína Tau.

Existem limitações?

Os testes foram feitos apenas em camundongos machos. Além disso, o medicamento só tem aprovação para uso de curto prazo.

Ainda são necessários mais estudos para avaliar os efeitos em longo prazo. Também é necessário a realização de testes em humanos. No Brasil, o medicamento aguarda análise da Anvisa desde 2022.

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