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Publicado em 09/10/2025, às 08h51 (Foto: Reprodução/ESA) Marina Gonçalves
As câmeras de duas sondas espaciais, ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO) e Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA - European Space Agency), conseguiram registrar detalhes do cometa interestelar 3I/ATLAS. (imagem na capa da matéria).
O fenômeno é considerado extremamente raro pois, diferente da maioria dos cometas, que nascem no próprio Sistema Solar, vem de fora dos limites do nosso sistema.
De acordo com a ESA, cada sonda espacial, projetada para fotografar a superfície brilhante do Planeta Vermelho, utilizou sua câmera dedicada para observar a passagem do intruso interestelar, que apareceu como um ponto branco difuso com sua coma, uma nuvem de gás e poeira ao redor do núcleo do cometa.
No entanto, a CaSSIS, a bordo da nave TGO, não conseguiu distinguir o núcleo da coma, já que o fenômeno estava muito distante. “Esta foi uma observação muito desafiadora para o instrumento. O cometa é cerca de 10.000 a 100.000 vezes mais fraco do que o nosso alvo habitual”, disse Nick Thomas, pesquisador principal da câmera CaSSIS.
Já a câmera a bordo da sonda Mars Express, não revelou imagens do 3I/ATLAS. O motivo? Em parte porque os registros foram feitos com um tempo de exposição de somente 0,5 segundos, limite máximo para o Mars Express, em comparação com cinco segundos para a ExoMars TGO.
Contudo, os dados dos dois orbitadores seguem sendo analisados pelos cientistas para mais detalhes do 3I/ATLAS, incluindo a adição de imagens da Mars Express.
O cometa interestelar 3I/Atlas foi descoberto em julho deste ano pela estação do Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System, em Río Hurtado, no Chile.
De acordo com a Nasa, os cometas normalmente recebem o nome de seu(s) descobridor(es). Neste caso, a equipe de pesquisa é a do ATLAS. Já a letra "I" é de "interestelar", indicando que este objeto veio de fora do nosso sistema solar, e o número “3” ponta que é o terceiro objeto interestelar conhecido.
Ainda de acordo com a agência, o 3I/ATLAS não representa nenhuma ameaça ao nosso planeta e ficará distante, com aproximação máxima de cerca de 1,8 unidades astronômicas (cerca de 170 milhões de milhas, ou 270 milhões de quilômetros).
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