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Onça-pintada que teria matado caseiro em MS defeca ossos e cabelo; DNA vai confirmar ataque

A expectativa é que os resultados dos exames ajudem a entender a dinâmica do ataque e a segurança na área rural  |  Animal está com alto grau de desidratação e rins e fígado comprometidos - Foto: Saul Schramm/Mato Grosso do Sul

Publicado em 05/05/2025, às 17h40   Animal está com alto grau de desidratação e rins e fígado comprometidos - Foto: Saul Schramm/Mato Grosso do Sul   Redação

A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul aguarda o resultado de exames de DNA para confirmar se a onça-pintada capturada no fim de abril realmente devorou Jorge Ávalo, de 60 anos, desaparecido em uma região de mata no município rural de Touro Morto (MS).

A investigação, conduzida pela 1ª Delegacia de Aquidauana, começou após o sumiço do caseiro. Inicialmente, os agentes encontraram apenas uma substância compatível com sangue coagulado. Dias depois, partes do corpo e restos mortais foram localizados na mata e encaminhados ao Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana, onde exames necroscópicos confirmaram a identidade de Jorge.

A onça-pintada suspeita do ataque foi capturada no dia 24 de abril e levada ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande (MS). Durante o transporte, o animal defecou e, nas fezes, foram encontrados ossos e fios de cabelo que, segundo a polícia, aparentam ser humanos.

O delegado responsável pelo caso, Luis Fernando Domingos Mesquita, afirmou em entrevista que o material foi recolhido e encaminhado ao Instituto de Perícia. A expectativa é cruzar os vestígios com os restos mortais e o sangue encontrados anteriormente, para confirmar se a onça realmente devorou o caseiro, conhecido como "Jorginho" na região.

“Podemos afirmar, com certa convicção, que, de fato, o que ocorreu foi um ataque de animal silvestre de grande porte”, declarou Mesquita.

A Polícia Civil também aguarda o laudo pericial completo da área do ataque para esclarecer oficialmente a causa da morte.

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