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Publicado em 18/09/2025, às 17h45 No estudo da Novo Nordisk, 205 participantes tomaram semaglutida oral durante 64 semanas - Reprodução/Internet BNews Natal Redação
A corrida pelo mercado de medicamentos para perda de peso e tratamento da obesidade ganhou novos capítulos com anúncios de resultados promissores de duas grandes farmacêuticas.
Eli Lilly, fabricante do Mounjaro, e Novo Nordisk, responsável pelo Wegovy e Ozempic, divulgaram estudos sobre novas versões em comprimidos, que podem tornar o uso mais prático do que as tradicionais canetas injetáveis.
A Novo Nordisk anunciou na última quarta-feira (17), em artigo publicado na The New England Journal of Medicine, que sua versão oral do Wegovy, baseada no princípio ativo semaglutida, apresentou resultados positivos. Um dia antes, a Eli Lilly havia divulgado resultados semelhantes para seu Mounjaro.
No estudo da Novo Nordisk, 205 participantes tomaram semaglutida oral durante 64 semanas. O grupo conseguiu perder, em média, 13% do peso, enquanto o grupo placebo perdeu apenas 2,2%. Quase um em cada três voluntários atingiu redução de 20% ou mais do peso corporal.
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Os efeitos colaterais mais comuns foram náusea e indigestão, considerados leves e transitórios. A farmacêutica iniciou a produção piloto nos Estados Unidos e submeteu o novo comprimido à agência reguladora americana, a FDA, aguardando uma decisão até o fim do ano.
O novo comprimido utiliza uma dose mais alta do princípio ativo semaglutida, 25 mg, diferente do Rybelsus, outro medicamento oral já disponível, que possui apenas 3 mg e é indicado para diabetes tipo 2.
Especialistas destacam que a versão em comprimido pode facilitar o acesso de pacientes, tornando o tratamento menos invasivo e mais prático, e tem potencial para se tornar uma alternativa diária viável frente às injeções atualmente usadas.