Cidades

Mounjaro é aprovado pela Anvisa para tratamento de sobrepeso e obesidade; confira preço e como comprar

A aprovação do Mounjaro representa um avanço no tratamento da obesidade, oferecendo novas opções para pacientes que lutam contra o sobrepeso. - Divulgação
O medicamento Mounjaro é indicado para adultos com IMC elevado e comorbidades, oferecendo uma nova alternativa no controle de peso  |   BNews Natal - Divulgação A aprovação do Mounjaro representa um avanço no tratamento da obesidade, oferecendo novas opções para pacientes que lutam contra o sobrepeso. - Divulgação

Publicado em 09/06/2025, às 09h19   Dani Oliveira



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento Mounjaro, da farmacêutica Eli Lilly, para o tratamento de sobrepeso e obesidade. A resolução foi publicada na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (9).

De acordo com a publicação, a norma já está em vigor e engloba diferentes dosagens e aplicações da caneta.

O Mounjaro já era aprovado para o tratamento do diabetes tipo 2, e estudos clínicos já haviam mostrado sua eficácia para a perda de peso. Agora, a caneta está aprovada para o tratamento de sobrepeso na presença de pelo menos uma comorbidade e de obesidade, acompanhada de atividade física e dieta de baixa caloria.

Nessa indicação, o tratamento é voltado para adultos com índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 30 (obesidade), ou maior ou igual a 27 (sobrepeso) com pelo menos uma comorbidade associada ao peso, como hipertensão, colesterol alto ou pré-diabetes.

A aprovação da Anvisa foi baseada nos resultados do programa SURMOUNT, um conjunto de sete estudos clínicos de fase 3 que recrutou mais de 20 mil pacientes em todo o mundo.

Segundo o estudo, pessoas que utilizaram Mounjaro, associado à dieta e exercício, apresentaram uma perda de peso superior quando comparado ao placebo. Na dose mais alta do tratamento (15 mg), os indivíduos perderam, em média, 22,5%, enquanto na dose mais baixa (5 mg), perderam, em média, 16% (em comparação com 0,3% no placebo).

Além disso, cerca de 40% dos participantes que usaram Mounjaro perderam mais de 40% do peso corporal total, em comparação a 0,3% do grupo placebo. Os participantes do estudo que conciliaram o uso de Mounjaro à dieta e ao exercício observaram mudanças no colesterol e reduções na pressão arterial e na medida da cintura. As mudanças foram desfechos secundários a partir do uso do medicamento, e não faziam parte da indicação desse.

“Infelizmente, apesar das evidências científicas contrárias, a obesidade é frequentemente vista como uma escolha de estilo de vida – algo que as pessoas deveriam gerenciar por si mesmas. Durante décadas, dieta e exercício foram as únicas opções de tratamento, mas nem todos os pacientes conseguem perder peso apenas com essa abordagem”, avalia Luiz Magno, diretor sênior da Área Médica da Lilly do Brasil, em comunicado.

Graças a todos os estudos recentes, agora sabemos que o próprio corpo pode responder a uma dieta de déficit calórico aumentando a fome e reduzindo a sensação de saciedade, ou seja, o próprio metabolismo do paciente dificulta a perda de peso e facilita o reganho”, explica Magno.

Para ele, a aprovação do Mounjaro para obesidade traz “mais oportunidades de tratamento para quem vive com obesidade e está à procura de melhores alternativas para controle de peso”.

Venda no Brasil

O medicamento já chegou, desde maio, às farmácias de todo o país, com preços que variam entre R$ 1.400 e R$ 2.384,34, a depender da dosagem e do canal de venda.

O remédio, cujo princípio ativo é a tirzepatida, vem sendo usado de forma off label para a perda de peso — ou seja, para uma finalidade ainda não aprovada oficialmente pela Anvisa. A Eli Lilly já protocolou o pedido de liberação para essa nova indicação e aguarda a análise da agência reguladora.


Alta eficácia
Apelidado de “King Kong do emagrecimento”, o Mounjaro ganhou notoriedade por apresentar resultados expressivos em estudos clínicos. Em ensaios recentes, o medicamento levou à perda de até 20% do peso corporal em pacientes com sobrepeso ou obesidade, quando associado à reeducação alimentar e prática de atividades físicas.

Em uma comparação direta com a semaglutida (substância presente no Ozempic), os resultados também chamaram atenção. Participantes tratados com tirzepatida perderam, em média, 22,8 kg, contra 15 kg dos que usaram semaglutida, conforme estudo publicado em dezembro do ano passado.

Como funciona o Mounjaro

O medicamento é de uso injeção semanal e atua simulando a ação de dois hormônios intestinais, GLP-1 e GIP, que regulam o apetite e o metabolismo. Essa dupla ação melhora a liberação de insulina após as refeições, reduz o apetite e aumenta o gasto energético.

Além do controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2, o Mounjaro tem mostrado efeito significativo na redução de peso, mesmo em pacientes sem diabetes (embora essa indicação ainda dependa de aprovação da Anvisa).

O Mounjaro será vendido em caixas com quatro canetas aplicadoras, correspondentes a um mês de tratamento. As dosagens disponíveis serão de 2,5 mg e 5 mg:

Preço máximo no varejo:

R$ 1.907,29 (2,5 mg)

R$ 2.384,34 (5 mg)

Preço para cadastrados no programa Lilly Melhor Para Você:

No e-commerce: R$ 1.406,75 (2,5 mg) e R$ 1.759,64 (5 mg)

Em lojas físicas: R$ 1.506,76 (2,5 mg) e R$ 1.859,65 (5 mg)

Efeitos colaterais

Apesar dos resultados promissores, o uso do Mounjaro pode causar efeitos colaterais, especialmente no sistema gastrointestinal. Entre os mais comuns estão náuseas, vômitos, constipação e diarreia. O acompanhamento médico é essencial para monitorar a resposta ao tratamento e ajustar as doses conforme necessário.

Classificação Indicativa: Livre

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