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Publicado em 18/07/2025, às 13h12 Golpistas criam sites com aparência profissional, dificultando a identificação de fraudes - Reprodução/Freepik BNews Natal
Com a popularização das compras on-line, cresce também o número de golpes aplicados por meio de sites falsos. Cada vez mais brasileiros relatam prejuízos após efetuarem pagamentos em plataformas fraudulentas que simulam lojas conhecidas. Os produtos nunca chegam, e o contato com o suposto atendimento ao cliente é inexistente.
Fraudes avançam até entre consumidores experientes
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 31% dos brasileiros já foram vítimas de golpes ou tentativas. A taxa sobe para 39% entre pessoas com maior nível de escolaridade e para 41% entre os que têm mais renda. A fraude, portanto, não escolhe perfil: atinge desde usuários menos experientes até consumidores bem informados.
Sites falsos imitam grandes varejistas
Segundo o advogado José Crisostemo, especialista em Direito do Consumidor, os golpistas usam táticas sofisticadas: criam páginas com aparência profissional e domínios quase idênticos aos de grandes marcas, alterando letras ou incluindo sinais como hífens. “O consumidor só percebe o golpe quando já pagou e não recebe o produto ou quando tenta contato e descobre que o SAC não existe”, afirma.
Bahia entre os estados mais afetados
Dados da empresa Caf, que monitora fraudes digitais, mostram que a Bahia ocupa o 4º lugar no ranking nacional de tentativas de golpes, com 6,69% das ocorrências em 2024. No país inteiro, 1,24% de todas as transações on-line foram identificadas como fraudulentas.
Como se proteger e o que fazer em caso de golpe
Para evitar armadilhas, os especialistas recomendam observar se o site tem o cadeado de segurança, verificar o CNPJ da empresa, checar a reputação em plataformas como o Reclame Aqui e desconfiar de preços muito abaixo do mercado. Também é essencial ativar a autenticação em dois fatores e jamais fornecer dados pessoais por telefone, WhatsApp ou e-mail.
Se cair em um golpe, o consumidor deve registrar boletim de ocorrência, acionar o banco ou a operadora do cartão e procurar orientação jurídica especializada. “É possível contestar o prejuízo e buscar ressarcimento, mas agir rápido faz toda a diferença”, reforça Crisostemo.