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Publicado em 28/07/2025, às 13h21 A decisão contou com o apoio da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), que reforçou, em nota, os riscos envolvidos no uso de técnicas anestésicas - Reprodução/iStock BNews Natal
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução que proíbe a utilização de qualquer tipo de anestesia (geral, local ou sedação) para a realização de tatuagens, independentemente da área ou extensão do desenho.
A medida foi publicada no Diário Oficial da União, nesta segunda-feira (28), e reforça que o uso de anestésicos só será permitido em contextos terapêuticos, com indicação médica.
Ainda assim, mesmo nessas situações, o CFM determina que a ação seja realizada em ambiente hospitalar ou clínico, com estrutura adequada para avaliação pré-anestésica, monitoramento contínuo e equipe treinada para lidar com possíveis intercorrências.
Riscos e ausência de indicação médica
Segundo informado pelo relator da resolução, conselheiro Diogo Sampaio, a medida foi motivada pelo aumento da participação de médicos em sessões de tatuagem. Tal prática vem acontecendo e objetiva minimizar a dor de procedimentos extensos ou em áreas sensíveis do corpo.
De acordo com ele, essa prática é preocupante por não haver evidência clara quanto à segurança dos pacientes. Além disso, há riscos elevados relacionados à absorção sistêmica de pigmentos e metais pesados presentes nas tintas de tatuagem.
Sampaio também argumentou que qualquer ato anestésico envolve riscos intrínsecos ao paciente e, portanto, seu uso sem finalidade terapêutica fere a avaliação ética da relação risco-benefício.
Apoio da Sociedade Brasileira de Anestesiologia
A decisão contou com o apoio da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), que reforçou, em nota, os riscos envolvidos no uso de técnicas anestésicas.
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A SBA enfatizou que a anestesia exige ambiente adequado, protocolos rígidos de segurança, equipamentos de suporte à vida e profissionais capacitados, além de avaliação prévia do paciente e consentimento informado.