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Brasil apoia pressão internacional por sanções contra Israel em encontro internacional

Além do cessar-fogo imediato, os países defenderam também a retomada dos esforços para viabilizar a criação de um Estado palestino  |  A crise humanitária em Gaza só piora - AFP

Publicado em 26/05/2025, às 15h06   A crise humanitária em Gaza só piora - AFP   Redação

O governo brasileiro participou, no último domingo (25), de um encontro internacional em Madri, na Espanha. Na ocasião, representantes de 19 países estavam presentes para discutir ações concretas de apoio humanitário à Faixa de Gaza e medidas de pressão contra Israel, incluindo sanções diplomáticas e econômicas.

O encontro contou com chanceleres de países como Alemanha, Reino Unido, Portugal, Turquia, Egito, Jordânia, Arábia Saudita e Catar.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, estava presente no encontro representando o Brasil. Ele criticou a omissão da comunidade internacional diante do que classificou como “atrocidades em curso” contra a população civil palestina. 

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Além do cessar-fogo imediato, os países defenderam também a retomada dos esforços para viabilizar a criação de um Estado palestino, ao lado de Israel, como prevê a chamada solução de dois Estados. 

Mais medidas discutidas durante o encontro: 

A Espanha defendeu que o acordo comercial da União Europeia com Israel seja suspenso. Trata-se de um embargo internacional à venda de armas e sanções individuais contra líderes e instituições que impeçam a construção do Estado palestino. 

De acordo com dados do Instituto Internacional de Pesquisa de Paz de Estocolmo (Sipri), entre os anos de 2019 e 2023, Israel recebeu 69% de suas armas dos Estados Unidos, 30% da Alemanha e 0,9% da Itália.

Logo depois dos ataques do Hamas, em outubro de 2023, os Estados Unidos intensificaram o envio de armamentos, incluindo mil bombas guiadas GBU-39 entregues apenas três dias após o início do conflito.

Crise em Gaza: 

Enquanto isso, a crise humanitária em Gaza só piora. Após mais de dois meses de bloqueio total, apenas 100 caminhões com suprimentos foram autorizados a entrar no enclave. A OUNU alerta para o risco iminente de fome em massa.

Desde o início da ofensiva israelense, mais de 53 mil pessoas foram mortas em Gaza, segundo autoridades locais. Na Cisjordânia, outros 40 mil palestinos já foram deslocados.

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