Geral
Publicado em 04/10/2025, às 11h36 Antonio Cruz /Agência Brasil Leonardo Silva
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou neste sábado (4) que o governo está ampliando o estoque de antídotos para o tratamento imediato de casos de intoxicação por metanol após a ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas.
Até o momento são 116 intoxicações suspeitas e 11 confirmadas, totalizando 127 casos em 12 unidades da federação. Ao menos cinco pessoas morreram em decorrência de complicações da ingestão de metanol em bebidas adulteradas.
veja também: Sesap reforça vigilância após aumento de intoxicações por metanol
Os tratamentos são realizados pela administração do etanol farmacêutico, com maior disponibilidade no país e pelo fomepizol, que está sendo importado do exterior pelo Governo do Brasil.
O ministro afirmou ainda que foi realizada a compra de 2,5 mil ampolas de fomepizol de um fornecedor do Japão, em uma articulação com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Os kits devem chegar na próxima semana e serão distribuídos aos Centros de Informação e Assistência Toxicológica dos estados.
"Nós já tínhamos adquirido 4,3 mil ampolas do etanol farmacêutico para ter um estoque estratégico para os hospitais universitários federais espalhados pelo Brasil, que podem fornecer na medida que qualquer serviço do SUS solicite. Nós adquirimos mais 12 mil ampolas no laboratório nacional, chega na próxima semana reforçando esse estoque estratégico", anunciou Padilha.
O ministro da saúde, que é médico, recomenda que as pessoas evitem consumo de bebidas alcóolicas, especialmente as destiladas.
"Nesse momento, evite ingerir bebidas destiladas, sobretudo aquelas em que a garrafa é feita com a rosca. Até agora, o que foi identificado é a presença desse crime em garrafas de bebidas destiladas feita com a rosca. Estamos falando de um produto que é de lazer, não é um produto da cesta básica alimentar", alertou.
Padilha também alertou os comerciantes para que redobrem a atenção com a compra de bebidas de fornecedores, garantindo certificação da origem, mas ressalvou que não há motivo para pânico.