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Acidentes de trânsito matam 32 mil pessoas por ano no Brasil, alerta CFM

O número de acidentes representa uma média de 92 vítimas por dia. Segundo Gallo, para cada morte registrada, pelo menos dez pessoas ficam com sequelas  |  O médico defendeu que a medicina do tráfego ultrapassa o âmbito clínico, unindo ciência e compromisso social - Tânia Rêgo/Agência Brasil

Publicado em 26/09/2025, às 17h13   O médico defendeu que a medicina do tráfego ultrapassa o âmbito clínico, unindo ciência e compromisso social - Tânia Rêgo/Agência Brasil   BNews Natal Redação

Nesta sexta-feira (26), o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, destacou que os números em relação aos acidentes de trânsito no Brasil continuam alarmantes. Durante o 16º Congresso Brasileiro de Medicina do Tráfego, realizado em Salvador, o presidente apresentou dados que apontam que mais de 32 mil pessoas morrem anualmente em estradas brasileiras.

O número em questão representa uma média de 92 vítimas por dia. De acordo com Gallo, para cada morte registrada, pelo menos dez pessoas ficam com sequelas graves ou sofrem incapacidades permanentes.

Impacto humano e social

“Estamos falando de jovens que abandonam os estudos, homens e mulheres que ficam impossibilitados de trabalhar, famílias que passam a conviver com a dependência e o sofrimento prolongado”, afirmou.

O presidente ainda ressaltou que o Brasil figura entre os países com maior número absoluto de vítimas de trânsito, ao lado de nações muito mais populosas, como Índia e China.

O médico defendeu que a medicina do tráfego ultrapassa o âmbito clínico, unindo ciência e compromisso social. Segundo ele, a área fornece dados, análises e alternativas fundamentais para embasar decisões de governo e políticas públicas de prevenção.

Custos bilionários para o país

Além das perdas humanas, os acidentes trazem custos que Gallo classificou como “astronômicos”. Estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que o impacto financeiro anual chega a R$ 50 bilhões.

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“Isso resulta da soma de despesas hospitalares e de reabilitação, além dos gastos com a previdência social e as perdas na produtividade”, explicou.

Tragédia pessoal e prejuízo coletivo

Para o presidente do CFM, os números revelam um grave problema de saúde pública.

“Esse montante seria suficiente para erguer centenas de hospitais de médio porte ou milhares de instituições de ensino públicas. Cada acidente grave não representa apenas uma tragédia familiar, mas também um prejuízo coletivo, ao consumir recursos que poderiam fortalecer saúde, educação e segurança”, concluiu.

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