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Publicado em 13/06/2025, às 10h57 Foto: Reprodução. Redação
Para algumas pessoas, o fascínio pelo terror pode parecer insensível. Tiroteios em escolas, abuso infantil, guerra – uma lista de horrores reais é interminável. Por que buscar o medo fabricado como entretenimento quando o mundo oferece terror real em tamanha quantidade?
Para explicar o que impulsiona essa fascinação, a psicóloga Sarah Kollat aponta a teoria de que as emoções evoluíram como uma experiência universal entre os humanos, pois os ajudam a sobreviver. Criar o medo em vidas que, de outra forma, são seguros pode ser agradável – e é uma maneira de as pessoas praticarem e se prepararem para perigos reais.
Por que o medo controlado pode ser bom para você
Experiências de medo controlado, como assistir a filmes de terror ou visitar casas assombradas, despertam reações físicas intensas – como aumento da adrenalina e batimentos cardíacos – sem oferecer riscos reais. Após o susto, o corpo libera dopamina, gerando uma sensação de prazer.
Além disso, viver essas experiências ao lado de outras pessoas pode fortalecer os laços sociais. Isso ocorre porque, diante do estresse, o corpo também ativa mecanismos de conexão e proteção, como a liberação de ocitocina – o "hormônio do amor". Assim, sentir medo junto de amigos ou parceiros pode aumentar a sensação de união.
Essas situações também servem como forma de “treinamento emocional”. Estudos mostram que fãs de terror foram mais resilientes durante a pandemia, por já estarem acostumados a lidar com sensações de ameaça em ambientes seguros.
Por fim, consumir narrativas assustadoras também pode ajudar a entender e processar os próprios medos, promovendo maior preparo emocional e psicológico para enfrentar adversidades da vida real.