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Publicado em 10/10/2025, às 18h34 Reprodução/Unsplash Marina Gonçalves
Você já ouviu falar da Ilha de Páscoa? Também conhecido como ‘Rapa Nui’, o território fica no Sul do Pacífico a mais de 3.200 km da costa do Chile, e é famoso por suas centenas de estátuasmonumentais.
Conhecidas como Moais, essas estátuas foram esculpidas pelo povo Rapa Nui, entre os séculos XIII e XVI, e trazem uma novidade surpreendente após uma pesquisa recente: elas eram arrastadas de pé com a ajuda de cordas pelos Rapa Nui.
O estudo, publicado no Journal of Archaeological Sciense, foi realizado por professores da Universidade Binghamton e da Universidade Estadual de Nova York, nos EUA, e contou com uma combinação de física, modelagem 3D e experimentos em campo.
Ao portal Phys.org, Carl Lipo, professor de antropologia da Universidade de Binghamton, junto com seus colegas, já havia demonstrado, por meio de evidências experimentais, que as estátuas Moais ‘andavam’.
Para explorar como uma estátua maior poderia se mover, a equipe do professor criou então modelos 3D de alta resolução dos monumentos e notou características de design distintas – bases largas em forma de D e uma inclinação para a frente – que os tornariam mais propensos a serem movidos em um movimento de balanço e zigue-zague.
Colocando a teoria à prova, a equipe de Lipo então construiu uma réplica de 4,35 toneladas com inclinação para frente e, em apenas 40 minutos, conseguiram transportar o moai 100 metros.
“O que vimos experimentalmente realmente funciona. E, à medida que cresce, continua funcionando. Todos os atributos que vemos em objetos gigantescos em movimento se tornam cada vez mais consistentes à medida que crescem, porque essa se torna a única maneira de movê-los”, disse o professor.
Estradas facilitavam o processo
Carl Lipo ainda acredita que, junto à essa teoria, as estradas de Rapa Nui, que com 4,5 metros de largura e com seção transversal côncava, também facilitavam a movimentação das estátuas.
“Sempre que movem uma estátua, parece que estão construindo uma estrada. A estrada faz parte do processo de mover a estátua. Na verdade, vemos as duas se sobrepondo, e muitas versões paralelas delas. O que eles provavelmente estão fazendo é abrir um caminho, movê-lo, abrir outro, abrir mais um e movê-lo para a direita em certas sequências. Então, eles estão gastando muito tempo na parte da estrada”, destacou o professor, que ainda reforçou que nada mais explica o fenômeno além do estudo.
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