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Publicado em 18/08/2025, às 20h00 Tartaruga-verde com lesões graves é transferida para centro de reabilitação no RN - Reprodução Ari Alves
Uma tartaruga-verde juvenil (Chelonia mydas), espécie ameaçada de extinção, chegou ao Rio Grande do Norte neste fim de semana para receber cuidados veterinários. O animal sofreu ferimentos graves após colisão com uma embarcação em Fernando de Noronha (PE).
O transporte aéreo contou com apoio da Fundação Pró-TAMAR e da Força Aérea Brasileira (FAB). A aeronave pousou na Base Aérea de Natal no sábado, dia 16, onde equipes do Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (CEMAM) e do Projeto Cetáceos da Costa Branca (PCCB-UERN) receberam o animal.
A tartaruga apresenta três lesões causadas por hélice, uma próxima ao crânio e duas na carapaça, além de pneumonia. Apesar da gravidade, os veterinários avaliam que o prognóstico é positivo, já que ela mantém bom escore corporal, hidratação adequada e reflexos preservados.
Exames iniciais, como raio-X e coleta de sangue, já foram realizados. A recuperação pode variar entre seis meses e um ano, dependendo da evolução cirúrgica e do acompanhamento clínico.
No domingo, dia 17, o animal foi transferido para o Centro de Reabilitação de Fauna (CRF) do PCCB-UERN, em Areia Branca. No local, ficará sob monitoramento intensivo, recebendo alimentação assistida e exames de ultrassonografia para avaliação respiratória.
“É um caso extremamente grave, mas estamos empenhados em oferecer todo o suporte possível. Cada vida marinha importa. Operações como esta reforçam o Rio Grande do Norte como referência no atendimento de fauna marinha no Nordeste”, afirmou Flávio Lima, coordenador do PCCB-UERN.
A tartaruga-verde tem papel essencial nos ecossistemas costeiros e sua conservação é considerada vital. O episódio reforça a necessidade de ampliar esforços em conservação e educação ambiental.
“Proteger a vida marinha é proteger o futuro das nossas comunidades costeiras. Cada parceria fortalece a nossa capacidade de salvar vidas e preservar os oceanos”, destacou Daniel Solon, presidente do CEMAM.
Em situações de encalhe de animais marinhos, vivos ou mortos, a orientação é acionar imediatamente as instituições de monitoramento responsáveis.