Cidades
Publicado em 01/09/2025, às 08h11 A história de Beatriz reflete o envelhecimento populacional no Brasil e os desafios da maternidade tardia na sociedade atual. - Divulgação Dani Oliveira
A mineira Beatriz Bárbara, de 63 anos, tornou-se mãe pela terceira vez ao dar à luz o pequeno Caio, em março deste ano.
Mesmo após ter passado pela menopausa e realizado laqueadura, Beatriz conseguiu engravidar por meio de um tratamento de fertilização in vitro (FIV), utilizando um óvulo doado e o sêmen do marido, Éder, de 35 anos. Ela já era mãe de dois filhos de um relacionamento anterior.
Preconceito e maternidade após os 60
A decisão de Beatriz gerou polêmica e até críticas nas redes sociais. A mineira conta que enfrenta preconceito por ser uma mãe mais velha, mas afirma estar determinada a cuidar da própria saúde para viver mais e acompanhar o crescimento do filho.
A história surge em um momento em que o Brasil enfrenta o envelhecimento populacional, com aumento no número de idosos em comparação à população jovem.
O que diz a medicina sobre o caso
Do ponto de vista científico, especialistas afirmam que a gravidez natural após a menopausa é impossível, já que os ovários deixam de produzir óvulos. Contudo, a fertilização in vitro com óvulos doados possibilita que mulheres nessa faixa etária engravidem, desde que o útero esteja saudável e preparado para receber o embrião.
A medicina explica que, mesmo sem função reprodutiva natural, o útero pode responder a estímulos hormonais, tornando viável a gestação.
No entanto, gestações em idades avançadas apresentam maior risco de complicações, como hipertensão, diabetes gestacional e parto prematuro, exigindo acompanhamento médico rigoroso.