Cidades
Publicado em 19/08/2025, às 09h01 Foto: Reprodução/ TV Tropical. Sammara Bezerra
Os profissionais terceirizados da limpeza do Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim, paralisaram suas atividades, o que levou os acompanhantes de pacientes a assumirem a higienização das enfermarias. Segundo os relatos, suspensão do serviço ocorre por atraso no pagamento dos salários.
Em vídeos gravados dentro da unidade mostram os acompanhantes realizando a varrição e coleta de lixo nos corredores. Para a dona de casa Luzinete Barbosa, que acompanha o filho em tratamento, a situação se repete sempre que há atraso no pagamento dos funcionários.
“Desde o dia 27 de maio que eu estou nessa peleja, e quando chega dia 14, a gente já fica apreensivo, porque a gente sabe que os profissionais da limpeza entram em greve e a cozinha também. Nem tem alimentação e nem a limpeza, porque eles suspendem, porque não estão recebendo o salário”, afirmou ela, em reportagem exibida pela Balanço Geral Manhã, da TV Tropical.
A ausência da higienização adequada aumenta o risco de infecções hospitalares, de acordo com os acompanhantes.
“Hoje os baldes estavam todos muito cheios. A gente fica com receio, porque meu filho já está com essa bactéria há dois meses. Ou a gente tira ou fica na sujeira, mas acaba fazendo, porque não dá para deixar assim”, relatou Luzinete.
Já o acompanhante Alcides Francisco, que também tem assumido a limpeza, considera a situação “lastimável”.
“A gente quer que resolvam isso para que funcione normalmente e o paciente tenha uma segurança melhor, um tratamento mais adequado.”
Até o momento, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) não apresentou resposta sobre a situação e os motivos do atraso.