Política

TCU suspende licitação milionária do governo do RN por suspeita de fraude e favorecimento; entenda

Projeto do Hospital Metropolitano do estado - Carmem Félix/GovRN
Com base nos elementos apresentados, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a suspensão imediata do contrato. Caso segue sendo investigado  |   BNews Natal - Divulgação Projeto do Hospital Metropolitano do estado - Carmem Félix/GovRN

Publicado em 24/06/2025, às 18h32 - Atualizado às 19h04   Redação



Nesta terça-feira (24), foi suspensa pelo Tribunal de Contas da União (TCU) uma licitação no valor de R$ 200 milhões de reais do governo do Rio Grande do Norte, comandado pela governadora Fátima Bezerra (PT).

A medida de suspender aconteceu após indícios de fraude e um possível favorecimento à Construtora Ramalho Moreira que concorria para a construção do Hospital Metropolitano do estado.

De acordo com a denúncia recebida pela Corte de Contas, construtora vencedora, que já mantém contratos com a gestão atual, ficou em quarto lugar na disputa, mesmo não apresentando a melhor proposta.

As três primeiras colocadas, com preços inferiores, foram desclassificadas. A área técnica do TCU apontou que a eliminação dessas empresas se deu por meio de justificativas consideradas frágeis, o que caracterizaria certo direcionamento do certame.

“Em síntese, o denunciante alega que a licitação foi conduzida de forma a direcionar o contrato para a quarta empresa classificada, por meio de um encadeamento de atos que violaram os princípios da isonomia, da publicidade e da razoabilidade”, destacou o TCU.

Nota do Governo do RN

Em nota divulgada para a imprensa local, o Governo do RN negou a existência de irregularidades na licitação referente à construção do Hospital Metropolitano do estado. Apontou, também, que a suspensão é "temporária".

Segundo informações do governo, todo o processo foi realizado "com rigor técnico, respeito à legislação e absoluta transparência". Em relação às empresas candidatas, o consórcio formado pelas empresas Ramalho Moreira, A. Gaspar e Edcon foi a quarta colocada dentro do processo, sendo escolhida após as outras serem desqualificadas.

De acordo com o estado, o que motivou a desqualificação das empresas anteriores foi:

A primeira colocada não apresentou a documentação completa exigida.

A segunda empresa não atendeu aos requisitos técnicos fundamentais, uma falha apontada por todas as concorrentes ao longo da disputa.

A terceira empresa também não entregou a documentação dentro do prazo estabelecido.

A gestão ressaltou que as eliminações foram "fundamentadas e publicizadas em detalhes no processo".

O que diz o TCU

Com base nos elementos apresentados, o tribunal determinou a suspensão imediata do contrato, impedindo novos acertos ou repasses do governo estadual em favor da construtora até que o caso fosse julgado. 

O TCU fixou prazo de 15 dias para que a Secretaria Estadual de Infraestrutura do Rio Grande do Norte apresente esclarecimentos e documentos que embasaram o processo licitatório. 

Com informações da Veja. 

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