Política
Publicado em 12/05/2025, às 09h52 Redação
O reajuste do salário mínimo em São Paulo para R$ 1,8 mil — um aumento de 40% em três anos — colocou em alerta os caciques do Centrão e reforçou nos bastidores a especulação de que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) pode estar mirando voos mais altos que a reeleição em 2026.
Lideranças do bloco avaliam que um aumento dessa magnitude, em um estado economicamente estratégico, serve não apenas como política pública, mas também como vitrine eleitoral. A medida alimenta a tese de que Tarcísio poderia disputar a Presidência da República e ocupar o espaço deixado por Jair Bolsonaro, inelegível até 2030.
Aliados do governador já brincam, nos bastidores, que o reajuste pode se tornar a principal peça de propaganda de uma eventual campanha presidencial contra o presidente Lula. Apesar disso, Tarcísio nega publicamente qualquer intenção de disputar o Planalto e reafirma ser candidato à reeleição em São Paulo.
A movimentação do governador é acompanhada de perto por aliados do ex-presidente, que ainda buscam meios de reverter sua inelegibilidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos bastidores, contudo, mesmo nomes próximos reconhecem que a chance de Bolsonaro voltar à disputa em 2026 é remota. Avaliam, inclusive, que ele pode enfrentar condenação no inquérito do golpe antes das próximas eleições.
Nesse contexto, Tarcísio desponta como o nome preferido do Centrão para liderar a direita em 2026. Ainda assim, aliados de Bolsonaro têm demonstrado incômodo com a postura do governador, que, segundo eles, poderia estar sendo mais ativo nas articulações com o Supremo Tribunal Federal em defesa do ex-presidente.
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