Política

Portugal dá 20 dias para 34 mil imigrantes deixarem o país; brasileiros são o segundo maior grupo

Ministro destaca que o fluxo migratório é um desafio para décadas - Foto: Nuno Cruz/NurPhoto / Getty Images
Com 5.368 brasileiros na lista, Portugal busca conter imigração desordenada após aumento de 18,5% nas recusas de residência  |   BNews Natal - Divulgação Ministro destaca que o fluxo migratório é um desafio para décadas - Foto: Nuno Cruz/NurPhoto / Getty Images

Publicado em 04/06/2025, às 14h51   Redação



Portugal notificará cerca de 34 mil imigrantes, incluindo 5.368 brasileiros, para deixarem o país voluntariamente em até 20 dias. O anúncio foi feito pelo governo português nesta segunda-feira (2), em meio a um debate sobre os desafios da imigração em massa.

Nesta terça-feira (3), o ministro da Presidência, Antônio Leitão Amaro, afirmou durante uma conferência em Lisboa que o fluxo migratório se tornou "um desafio para décadas". Segundo ele, o número de estrangeiros no país quadruplicou nos últimos 10 anos, impactando serviços públicos como saúde e educação.

"É a maior transformação demográfica desde o início do século XX", declarou Amaro. Os dados divulgados mostram que, entre os notificados, os indianos lideram a lista (13.466), seguidos por brasileiros (5.386), bangladeshianos (3.750) e nepaleses (3.279).

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A medida é parte do Plano de Ação para as Migrações, em vigor há quase um ano, e afeta principalmente quem teve pedidos de residência negados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). Atualmente, a taxa de recusas chega a 18,5% – 33.983 casos entre 184.059 solicitações analisadas. Esses imigrantes devem deixar Portugal porque tiveram pedidos de residência negados.

Portugal, historicamente criticado na União Europeia (UE) por sua política migratória flexível, agora busca conter a entrada desordenada de estrangeiros. O país servia como porta de acesso facilitado ao bloco, atraindo cidadãos de diversas nacionalidades.

Além dos brasileiros, a lista inclui paquistaneses (3.005), argelinos (1.054), marroquinos (603) e até venezuelanos (234). O ministro reforçou que o impacto dessa mudança será sentido por gerações. "Há quem diga que é um desafio para gerações", concluiu.

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