Política
Publicado em 05/06/2025, às 09h19 Dani Oliveira
O presidente Lula (PT) passou a empatar com Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Jr. (PSD) e Michelle Bolsonaro (PL) num eventual 2º turno na eleição de 2026, mostra pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (5).
Lula também empatou com Eduardo Leite (PSD) e seguiu empatado com Jair Bolsonaro (PL).Na pesquisa anterior, divulgada em abril, Lula vencia todos os outros concorrentes e empatava somente com Bolsonaro.
Além da disputa com Bolsonaro, a pesquisa apresentou outros 7 cenários aos entrevistados.
Lula é técnico empatado com Tarcísio (governador de São Paulo), a ex-primeira-dama Michelle, Ratinho Jr. (governador do Paraná) e Eduardo Leite (governador do Rio Grande do Sul).
Lula segue à frente do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
O recado aqui é claro. Pela primeira vez, a retirada ao governo está se transformando em eleições eleitorais a Lula, alavancando as candidaturas dos potenciais herdeiros de Bolsonaro. Todos parecem crescendo ou já empatados na margem com Lula", afirma Felipe Nunes, diretor da Quaest.
Para Nunes, os nomes apontados como alternativas a Bolsonaro cresceram porque eles se tornaram mais conhecidos.
"O desconhecimento do Tarcísio, por exemplo, saiu de 45% para 39% em 5 meses (-6). Caiado foi de 68% para 62% (-6), Ratinho de 51% para 48% (-3) e Zema de 62% para 60% (-2)", afirma Nunes.
A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos e reuniu 2.004 pessoas de 16 anos ou mais entre os dias 29 de maio e 1º de junho. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Cenários de 2º turno
A pesquisa criou oito cenários possíveis na pesquisa estimulada para o 2º turno das eleições para presidente, em 2026:
Cenário 1 – Lula e Bolsonaro
Lula aparece empatado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — ele é inelegível pela Justiça Eleitoral até 2030 e não pode se candidatar na próxima disputa presidencial. Ambos têm 41% dos interessados de voto. Outros 5% estão indecisos e 13% vão votar em branco, nulo ou não vão votar.
Candidato anti-lula já tem potencial de 40%, afirma CEO da Quaest
Ao analisar a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (5/6), o cientista político Felipe Nunes, CEO da Quaest, apontou a rejeição dos eleitores a nomes conhecidos como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o CEO da Quaest, “só de ser o anti-Lula o candidato já tem potencial de 40%. Assim como o candidato anti-Bolsonaro tende a ter potencial de 45%. O medo de que o outro lado vença força uma escolha pela rejeição”, avalia.
De acordo com a análise de Nunes, os dados da pesquisa trazem destaque para a rejeição dos dois polos. “Pela primeira vez a rejeição ao governo está se transformando em rejeição eleitoral a Lula, alavancando as candidaturas dos potenciais herdeiros de Bolsonaro. Todos aparecem crescendo ou já empatados na margem com Lula”.
Os dados da pesquisa mostram que, em um eventual segundo turno, Lula estaria empatado com, pelo menos, outro cinco candidatos.
O levantamento aponta que a maior parte do eleitorado apoia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abram mão de suas candidaturas para apoiar outros candidatos.
Conforme os dados, 65% dos eleitores acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve apoiar outro candidato. No caso de Lula, 66% acham que ele não deveria ser candidato à reeleição.
Para Felipe Nunes, o recado é claro. “Cansaço da polarização Lula x Bolsonaro”, afirmou ele ao analisar o resultado na pesquisa no X.
Há um outro recado claro nessa pesquisa: cansaço da polarização Lula x Bolsonaro! De um lado, 65% afirmam que Bolsonaro deveria abrir mão de sua candidatura agora e apoiar outro nome. Do outro lado, 66% acham que Lula não deveria ser candidato à reeleição. Patamar mais elevado da série histórica até agora. Ou seja, se dependesse só do eleitorado, o líder político do outro polo não deveria estar na disputa”, afirmou ele.
A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 29 de maio e 1º de junho. O nível de confiabilidade é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.
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