Política
Publicado em 22/05/2025, às 10h04 Redação
Após a vereadora Thabatta Pimenta (Psol) ser alvo de ataques transfóbicos durante a sessão da última terça-feira (20), parlamentares da Câmara Municipal de Natal cobraram nesta quarta (21) mudanças no sistema de segurança da Casa. Os ataques, proferidos por pessoas que acompanhavam a votação do título de Cidadão Natalense para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foram denunciados à Polícia Civil.
Os insultos contra Thabatta, que é uma mulher trans, foram registrados em vídeo pela equipe da própria vereadora. Um dos agressores a chamou de “mulher do Paraguai”, entre outras ofensas. A vereadora lamentou a omissão da Casa diante do episódio. “A delegada me perguntou o que a Câmara fez para me proteger. Eu disse: nada. Era para ter havido voz de prisão no ato”, afirmou.
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A líder da oposição, vereadora Brisa Bracchi (PT), classificou as agressões como "ofensas criminosas" e pediu providências à Mesa Diretora. Já o vereador Cláudio Custódio (PP) destacou que esse não foi um caso isolado, relembrando o episódio em que o vereador Matheus Faustino (União) foi agredido fisicamente durante outra sessão.
Leo Souza (Republicanos) sugeriu que a Câmara passe a identificar todos os visitantes para garantir a segurança de parlamentares e servidores. “As pessoas entram, ofendem e se escondem no anonimato da multidão”, disse.
O vereador Daniel Valença (PT) levantou a possibilidade de uma das agressoras ser funcionária da Câmara e afirmou que, se for o caso, ela deve ser exonerada. “Quem está aqui para assessorar é para contribuir no mandato, não para agredir vereador”, declarou.
Camila Araújo (União), que presidiu a sessão desta quarta, garantiu que a Mesa Diretora vai se reunir para tratar do episódio. Ela também afirmou que o presidente da Câmara, Eriko Jácome (PP), será informado do caso. “Vamos dialogar sem seletividade. A segurança da Casa deve ser prioridade”, concluiu.
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