Política
Publicado em 05/05/2025, às 08h49 Dani Oliveira
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, afirmou que a redução da jornada dos trabalhadores será uma das prioridades do governo no Congresso.
O debate sobre o fim da escala 6×1, que limita a vida além do trabalho, será encaminhado junto às comissões pertinentes, para envolvermos a sociedade e todos os setores abrangidos pelo tema – disse Gleisi em publicação na rede social X.
Queremos ouvir a todos (as)! Com diálogo e decisão política, é possível avançar sim. Mais empregos, desenvolvimento e mais justiça para os trabalhadores (as) é o que precisamos promover – complementou.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em seu pronunciamento oficial pelo Dia do Trabalhador, também falou sobre a medida. Ele disse que o governo vai aprofundar o debate sobre a redução da jornada.
– Está na hora do Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade – afirmou em rede nacional de rádio e televisão na noite da última quarta-feira (30).
Na última semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que a Câmara deve discutir o tema nos próximos dias e que a Casa dará “tratamento institucional” à matéria. Na sequência, ele afirmou que, apesar de ser uma medida simpática para a população, é preciso verificar o seu “impacto negativo” e a “viabilidade”.
– Não dá também para ficar vendendo sonho, sabendo que esse sonho não vai se realizar. Eu acho que isso é uma falta de compromisso com o eleitor – afirmou Motta, que também disse que, até o ano eleitoral de 2026, a Câmara deve procurar uma “condução equilibrada e serena” das votações.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), tenta convencer o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Paulo Azi (União Brasil-BA), a colocar a proposta em votação nesta semana. O colegiado é a primeira etapa de tramitação do texto, de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP).
– A fala do Lula deu grande fôlego para que o fim da escala 6×1 seja pautada na CCJ – disse Lindbergh ao jornal O Estado de São Paulo.
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