Política
Publicado em 14/07/2025, às 13h31 BNews Natal
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), protocolou neste domingo (13) um pedido ao Supremo Tribunal Federal para incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro no inquérito que investiga as atividades internacionais do deputado Eduardo Bolsonaro.
A solicitação ocorre após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs uma sobretaxa de 50% a produtos brasileiros. Segundo Trump, a decisão se baseia no tratamento dado pelo governo do Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
No documento enviado à Corte, Lindbergh também pediu a suspensão do passaporte diplomático de Eduardo Bolsonaro, que está licenciado do mandato de deputado federal. Além disso, o parlamentar defendeu que seja decretada a prisão preventiva do filho do ex-presidente. O petista argumenta que medidas cautelares são necessárias para impedir que Eduardo continue mantendo relações com autoridades estrangeiras.
Parlamentar acusa família Bolsonaro de conspirar contra o país
Em nota divulgada à imprensa e publicada nas redes sociais, Lindbergh afirmou que existem “provas robustas” que apontam a atuação conjunta dos três integrantes da família Bolsonaro para desestabilizar as instituições nacionais. Para o deputado, eles estariam agindo de forma articulada para sabotar a Justiça, pressionar o STF e subordinar o Brasil a interesses de grupos de extrema direita dos Estados Unidos.
O parlamentar classificou Jair, Flávio e Eduardo como “traidores da pátria” e declarou que o país está diante de uma “estratégia de guerra híbrida”. Segundo ele, essa suposta ofensiva buscaria deslegitimar o Judiciário e enfraquecer a soberania nacional por meio de articulações políticas e diplomáticas.
Deputado diz que Supremo não pode se tornar refém
Lindbergh também pediu que os três sejam proibidos de manter qualquer interlocução com agentes internacionais que possam interferir no processo penal. O deputado declarou que o ex-presidente Jair Bolsonaro “endossou a chantagem estrangeira” ao se alinhar ao governo Trump. Ao encerrar sua manifestação pública, reforçou que “o Brasil não é colônia” e “o Supremo não é refém” de pressões políticas.
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