Política
Publicado em 10/07/2025, às 10h14 Redação
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fez novas críticas ao governo após o presidente Donald Trump anunciar o aumento de 50% nas tarifas dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos a partir de 1º de agosto.
Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China.
“As empresas e os trabalhadores brasileiros vão pagar, mais uma vez, a conta do Lula, da Janja e do STF. Ignorar a boa diplomacia, promover perseguições, censurar e ainda fazer provocações baratas vai custar caro para Minas e para o Brasil”, escreveu Zema.
Outro governador que criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi Tarcísio de Freitas (Republicanos). Aliado de Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio afirmou que "não adianta" ao petista "se esconder atrás do Bolsonaro", que foi citado por Trump no anúncio da taxação.
"Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado. Tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir o maior investidor direto no Brasil. Outros países buscaram a negociação. Não adianta se esconder atrás do Bolsonaro. A responsabilidade é de quem governa. Narrativas não resolverão o problema", escreveu o governador paulista em postagem no X.
Já a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou o posicionamento de Tarcísio, ex-ministro de Bolsonaro e alinhado ao ex-presidente.
"Quem está colocando ideologia acima dos interesses do país é o governador Tarcísio e todos os cúmplices de Bolsonaro que aplaudem o tarifaço de Trump contra o Brasil. Pensam apenas no proveito político que esperam tirar da chantagem do presidente do EUA, porque nunca se importaram de verdade com o país e o povo", escreveu a ministra.O governardor de Goiás, Ronaldo Caiado (União), afirmou que o presidente Lula "não está fazendo nada fora do script. Pelo contrário, segue à risca o que Hugo Chávez fez na Venezuela, ao afrontar gratuitamente o governo americano".
O governo brasileiro chamou pela segunda vez nesta quarta-feira (9) o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, para dar explicações e ser informado sobre a contrariedade do Brasil em relação às medidas tomadas por Trump.
Reação de Lula ao 'tarifaço' de Trump
Após a divulgação de carta endereçada a Lula que anuncia a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o Itamaraty disse ao representante diplomático americano que o documento continha "inverdades" e era "ofensivo".
O Presidente Lula também disse que "qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica", em um post nas redes sociais.
A norma ainda ressalta que as contramedidas deverão ser, na medida do possível, proporcionais ao impacto econômico causado pelas ações, políticas ou práticas de aplicação unilateral de medidas comerciais, financeiras ou de investimentos prejudiciais ao Brasil.
O presidente disse que o "Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém".
"O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais", acrescentou.
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