Política

Crise no governo: Celso Sabino pede demissão do Ministério do Turismo após pressão do União Brasil

Celso Sabino tentará permanecer no cargo até a COP30, mas deve entregar sua carta de demissão após a volta de Lula de Nova York. - Reprodução
Pressionado por questões políticas, o União Brasil decidiu que todos os filiados devem deixar seus cargos no governo em 24 horas.  |   BNews Natal - Divulgação Celso Sabino tentará permanecer no cargo até a COP30, mas deve entregar sua carta de demissão após a volta de Lula de Nova York. - Reprodução
BNews Natal Redação

por BNews Natal Redação

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Publicado em 20/09/2025, às 12h15



O ministro do Turismo, Celso Sabino, informou ao presidente Lula que pedirá demissão do cargo. O aviso foi dado em uma conversa na residência oficial do Palácio da Alvorada.

Filiado ao União Brasil e eleito deputado federal pelo Pará, Sabino retornará à Câmara dos Deputados após dois anos à frente do ministério.

O União Brasil decidiu acelerar a saída do governo por questões políticas e eleitorais. Na quinta-feira (18), o partido aprovou uma resolução exigindo que todos os filiados deixem seus cargos no governo Lula em até 24 horas.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, informou ao presidente Lula nesta sexta-feira (19) que pedirá demissão do cargo.

Na reunião, o ministro explicou a Lula a decisão do partido e manifestou o desejo de participar de agendas importantes nos próximos dias. Por isso, Sabino informou que entregará uma carta de demissão quando o presidente retornar de Nova York, o que deve ocorrer na quinta-feira (25). Lula viaja para os Estados Unidos no domingo para participar da Assembleia Geral da ONU.

Nas últimas semanas, Sabino manteve conversas com aliados para tentar encontrar uma solução e evitar sua saída do cargo. O ministro gostaria de permanecer no comando da pasta pelo menos até a COP30, evento que será realizado em novembro em Belém.

União Brasil acusa governo de usar estrutura estatal para perseguição

De acordo com o texto da norma, aprovada pela cúpula nacional do partido, os filiados que não deixarem seus cargos no governo podem ser punidos. Entre as punições previstas no estatuto da sigla está a expulsão.

A exigência para que os membros do partido se afastem da gestão Lula foi aprovada após a veiculação de reportagens que indicam uma suposta conexão entre o presidente nacional do partido, Antônio de Rueda, e o PCC (Primeiro Comando da Capital). Rueda nega a acusação.

Em nota, o partido sugeriu que o governo estaria por trás da divulgação das informações para desgastar Rueda. A sigla afirma que existe uma "percepção de uso político da estrutura estatal" para fins de perseguição política.

O União Brasil também indicou os ministros do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e das Comunicações, Frederico Siqueira. No entanto, a decisão do partido não afetará os dois.

Embora as pastas sejam atribuídas ao partido, os ministros não são filiados à sigla. Eles estão na cota pessoal do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Articulações sobre sucessão

Com a decisão do partido, Celso Sabino conversou com o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, que aceitou que o ministro permaneça no cargo até a próxima quarta-feira (24).

Em paralelo, Sabino busca emplacar a secretária-executiva do Turismo, Ana Carla Lopes, como sua sucessora. O governo Lula ainda não se manifestou sobre a possibilidade.

Segundo fontes, Rueda afirmou a Sabino que não irá interferir no processo. Ele terá liberdade para tentar indicar sua aliada para a pasta, já que ela não é filiada ao União Brasil.

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